Brasil tem 79,42% da população com ao menos uma dose da vacina contra a covid-19

País chegou nesta quinta-feira a 170.609.984 pessoas imunizadas com ao menos uma dose da vacina contra a covid-19. Dose de reforço e vacinação de criança têm ritmo lento

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Por Redação

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta quinta-feira, 17, a 170.609.984, o equivalente a 79,42% da população total. Já o número de vacinados com as duas doses ou com a dose única da Janssen é de 153.442.549, o que equivale a 71,43%. Os dados sobre o avanço da vacinação no Brasil foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa com as secretarias de 26 Estados e o Distrito Federal. 

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A dose de reforço chegou a 58.593.781, o que equivale a 27,2% da população. A cobertura é considerada baixa pelo especialista Carlos Magno Fortaleza, infectologista e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ele afirma que são precisos mais estudos para entender o comportamento das pessoas que não voltam para a terceira dose, mas ele acredita se tratar de uma cobertura atrapalhada por notícias falsas e receio da mistura de vacinas. 

Em 24 horas, foram aplicadas 1.426.858 doses das vacinas. Destas, 666.268 foram doses de reforço, 602.865 foram aplicação de primeira dose e outras 152.600 foram segunda dose. Podem tomar o reforço pessoas que completaram quatro meses desde que tomaram a segunda dose. Não há informações sobre quantas pessoas já poderiam tomar a dose de reforço e ainda não buscaram os postos.

Vacinação contra a covid-19 no Brasil Foto: Arte sobre foto de Tiago Queiroz/Estadão

Os Estados do Amapá, Paraíba, Roraima e Rondomia não atualizaram as estatísticas de vacinação nesta quinta-feira.

Segundo o levantamento, 32,89% das crianças de 5 a 11 anos já tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que significa que foram vacinadas 6,74 milhões de crianças em todo o País. Para este público, a vacinação começou mais tarde, mas dados compilados pelo Estadão evidenciam que a imunização infantil avança em ritmo lento.

Na avaliação do infectologista Carlos Magno Fortaleza, o ritmo da vacinação para crianças e para a dose de reforço evidenciam dois fatores: a força da propaganda antivacina, que causa dúvida em pais e responsáveis sobre a segurança do imunizante e sobre a mistura de imunizantes; e a um desmonte progressivo da estrutura de vacinação no Brasil. "Quando se tratam de crianças, os pais estão vulneráveis, ficam mais assustados e mais suscetíveis às notícias falsas. Vivemos uma situação inédita no País, na qual não conseguimos avançar na imunização da faixa etária em que temos a maior experiência", disse.

Já o desmonte progressivo da estrutura de vacinação fica evidente, afirma Carlos Magno, na diferença da cobertura vacinal entre Estados. Ele explica que esse desmonte começou antes da pandemia, e já estava claro quando o País deixou de cumprir metas de campanhas vacinais de crianças a partir de 2017. "São Paulo, por exemplo, tem uma logística para vacinação muito grande, já muitos lugares do Norte perderam a estrutura que tinha ao longo dos últimos anos. Já não há mais tantas pessoas que chegam em comunidades isoladas, como aldeias cercadas por rios. Isso cria uma condição desigual", afirmou.

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Em termos proporcionais, São Paulo é o Estado que mais vacinou sua população até aqui: 80,3% da população já recebeu as duas doses do imunizante ou a dose única da Janssen. A porcentagem mais baixa é encontrada em Roraima, onde apenas 44,38% da população recebeu as duas doses da vacina.