Câncer de pele: conheça os principais sintomas e tratamentos contra a doença

Diagnóstico mais grave pode causar metástase e levar à morte

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Uma mancha na pele que só cresce. Às vezes coça, sangra, não cicatriza. Estes são alguns dos sintomas indicativos para câncer de pele. A doença costuma surgir com mais frequência nas áreas que são mais expostas ao raio UV, como face, mãos e tronco.

Nesta quarta-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro realizou procedimento dermatológico no Hospital da Força Aérea brasileira (HFAB) para investigar a possiblidade de câncer de pele. “Foi rotina. A possibilidade de câncer de pele existe”, declarou Bolsonaro.

Exemplo de lesão no couro cabeludo indicativa para câncer de pele. Segundo o Inca, a doença corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Foto: Cristina Abdalla

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A pele é responsável por proteger nosso corpo contra o calor, a luz, além de ajudar no controle da temperatura. A campanha Dezembro Laranja, promovida desde 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), busca conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. 

“Dependendo de qual tipo de câncer de pele, ele ganha uma cicatriz e tem que acompanhar a lesão por alguns anos ou para sempre”, explica a dermatologista Maria Paula Del Nero, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Os três tipos de câncer de pele mais comuns são o carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e o melanoma maligno. O diagnóstico da doença vai variar desde uma mancha simples que nunca evolui até efetivamente o quadro de tumor mais agressivo, que pode levar à morte.

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Os tipos de câncer de pele não melanoma

O carcinoma basocelular e o de células escamosas em geral ficam localizados por muitos anos e raramente se espalham. “Apesar disso, se não forem tratados, podem crescer muito e até destruir o tecido ao seu redor. Por exemplo, um carcinoma basocelular no nariz pode crescer e destruir a cartilagem do órgão, resultando em mutilação para o paciente”, ressalta o oncologista Antonio Carlos Buzaid, do Instituto Vencer o Câncer. O carcinoma de células escamosas pode, ocasionalmente, se espalhar para os canais linfáticos e atingir os linfonodos que drenam a região do tumor, mas raramente atinge órgãos internos pela via sanguínea.  “O câncer de pele é detectável através de um exame clínico feito pelo dermatologista para ver se tem alguma alteração. Depois, ele faz a dermatoscopia, que consegue analisar alguns pontos que identificam o câncer de pele. Para fechar o diagnóstico, precisamos fazer uma exérese (cirurgia para retirar parte de um órgão) dessa lesão e análise anatomopatológica. Assim, é possível identificar se é câncer de pele, qual é o tipo e o grau de infiltração dele”, detalha a dermatologista Maria Paula Del Nero.

Melanoma: o tipo mais agressivo de câncer de pele

Diferentemente do carcinoma basocelular e o de células escamosas, a metástase é mais comum no melanoma. As células ficam confinadas na camada mais baixa da epiderme e, quando penetram na derme, podem se espalhar via linfática ou pelos vasos sanguíneos. 

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Exemplo de melanoma inicial, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Foto: Cristina Abdalla

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que o câncer de pele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

“Se for melanoma, que é o tipo mais agressivo de câncer, o paciente terá que fazer uma retirada ampla da pele ao redor da lesão. É preciso acompanhar esta lesão, porque pode haver infiltração. O melanoma pode dar metástase e pode levar à morte sim. Hoje já existem quimioterápicos que podem tratar, mas é um câncer que pode matar”, alerta Maria Paula Del Nero.

Em estágio avançado, o melanoma aumenta de tamanho ao longo do tempo. Foto: Cristina Abdalla

Prevenção ao câncer de pele

O próprio paciente pode perceber alguma mancha suspeita no corpo e buscar ajuda de um especialista. E normalmente ele procura um dermatologista. “A análise é feita através do exame dermatológico pelo menos uma vez ao ano. Existe um exame que se chama Mapeamento de Nevos, onde é feito, pela dermatoscopia, a análise de todas as lesões e pintas do paciente. Ele também pode ser feito uma vez por ano, principalmente por pacientes que tenham muitas pintas ou histórico de melanoma na família”, ressalta a dermatologista Maria Paula Del Nero. De toda forma, a recomendação básica dos especialistas é o uso diário do filtro solar em todas as áreas que podem ser expostas ao sol, como rosto, couro cabeludo (para calvos), braços e pernas. Algumas versões do protetor indicam a necessidade de um retoque ao longo do dia, por isso, é preciso ficar atento ao rótulo. 

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