Câncer no estômago e ex-jogadora da seleção de vôlei: Entenda doença, sintomas e como prevenir

Mais comum a partir dos 50 anos de idade, a doença é o quarto tipo de tumor que mais atinge homens e o sexto em mulheres

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Por Redação
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A jogadora Paula Borgo, de 29 anos, com passagem pela seleção brasileira de vôlei, morreu de câncer nesta quinta-feira, 11. Ele se afastou das quadras e tratava a doença desde setembro de 2022.

O câncer de estômago é difícil de ser tratado com sucesso porque a maioria dos casos não é detectada até que a doença já esteja bem estabelecida. Com formato de bolsa, o estômago tem a função de armazenar os alimentos ingeridos e, a partir da produção do suco gástrico, ajudar no processo de digestão, antes de mandar para o intestino onde continua parte da digestão e os nutrientes são absorvidos.

Paula Borgo, jogadora de vôlei que já representou a seleção brasileira, morreu vítima de câncer de estômago. Foto: Paula Borgo Instagram/@patricyphotography

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Diminuir o consumo de alimentos salgados como pão, presunto e outros embutidos pode reduzir os riscos de câncer de estômago. Pesquisas apontam que um em sete cânceres do estômago poderiam ser prevenidos se as pessoas seguissem as recomendações diárias de consumo de sal.

Como o Estadão mostrou, o câncer de estômago é mais comum a partir de 50 anos de idade, sendo o quarto tumor mais comum em homens e o sexto em mulheres. Quando diagnosticado no início têm mais de 90% de sucesso no tratamento.

Os principais sintomas do câncer de estômago são: dificuldade de deglutição, refluxo, perda de peso, vômitos, má digestão, dor de estômago e náuseas. A endoscopia é o principal recurso para diagnosticar a doença e o principal fator de risco é a infecção pela bactéria Helicobater Pylori (H. Pylori).

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Na população brasileira há um alto número de indivíduos com H. Pylori, mas a porcentagem de pessoas que irá desenvolver o câncer é bastante pequena. A atenção deve surgir nos casos diagnosticados com a associação da presença da bactéria e outras doenças, como a gastrite atrófica e a metaplasia intestinal, por exemplo.

A gastrite pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de câncer, mas a maioria dos diagnósticos não tem relação com o desenvolvimento de tumores, exceto a gastrite atrófica, que ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento do estômago. Essa doença é encontrada facilmente durante um exame endoscópico. Portanto, em casos de dores no estômago persistentes, recomenda-se a avaliação de um especialista.

Também é preciso ter atenção com o refluxo gastroesofágico. Quando o ácido gástrico proveniente do estômago entra em contato com o esôfago, pode alterar seu revestimento causando doenças como a esofagite, que pode aumentar o risco para o desenvolvimento de tumores. Mas nem todo refluxo gastroesofágico é fator de risco. A endoscopia é o exame recomendado para avaliar pacientes com refluxo e as possíveis complicações da doença.

Diferentes alimentos ajudam na prevenção contra os tumores de estômago, como frutas, hortaliças e legumes. As frutas cítricas como laranja, acerola e abacaxi, por exemplo, são ricas em vitamina C, antioxidante que neutraliza a ação de radicais livres. Os flavonóides, encontrados nas frutas vermelhas e no chá verde, também possuem propriedades antioxidantes. O alho, rico em alicina, tem capacidade de inibir mutações no DNA, diminuindo o risco de crescimento de células malignas.

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