A cidade de Wenceslau Guimarães, no sul da Bahia, vive um surto de malária. Em menos de um mês, foram contabilizados 23 registros da doença, com uma morte e outra ainda em investigação.
O prefeito do município, Carlos Alberto Liotério, disse que a confirmação da malária foi um grande susto. Ele explicou que os casos se concentraram em uma região da cidade, denominada Chico Lopes, na zona rural. Segundo ele, o aumento de registros ocorreu após a chegada de um morador, no fim do ano passado, que havia passado uma temporada no Estado do Pará, onde teria se infectado.
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“A partir daí ocorreram os demais casos. Trata-se de um local onde moram cerca de 25 famílias. Mas estamos com a situação sob controle. Com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado, providenciamos o bloqueio e todas as medidas protetivas foram adotadas. Desde a sexta, não houve mais registro”, afirmou o prefeito.
A morte de Luciene Sousa dos Santos, de 31 anos, por malária, foi confirmada na segunda-feira. Ela era moradora de Chico Lopes e estava internada desde o dia 17. O outro óbito, de um homem de 33 anos, está sob investigação. Os demais infectados estão hospitalizados em unidades da região e um em Salvador.
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O prefeito acredita que a doença se espalhou com rapidez por ser pouco conhecida na região, fazendo com que as pessoas demorassem a procurar atendimento.
“Desde 2005 não ouvíamos falar em malária na Bahia, talvez por isso os pacientes não atribuíram, de pronto, os sintomas à doença”, disse Liotério.
A malária é transmitida por mosquitos do gênero Anopheles infectados por um protozoário. Os sintomas são calafrios, febre e sudorese.
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