Cidade de São Paulo já tem 15 distritos com epidemia de dengue; veja mapa

Zonas oeste e leste têm maior número de bairros com alta incidência, segundo dados de boletim municipal

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Foto do author Fabiana Cambricoli

Ao menos 15 dos 96 distritos da cidade de São Paulo já vivem uma epidemia de dengue, segundo o boletim epidemiológico mais recente divulgado na última segunda-feira, 4, pela Prefeitura de São Paulo. A condição é caracterizada por uma taxa de incidência da doença acumulada superior aos 300 casos por 100 mil habitantes no ano.

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De acordo com o balanço municipal, que considera os dados até a oitava semana epidemiológica de 2024 (até 24 de fevereiro), as zonas oeste e leste da cidade são as que concentram o maior número de distritos com incidência superior a 300.

São cinco distritos em cada uma das regiões. Na região oeste da cidade, Jaguara, São Domingos, Vila Leopoldina, Anhanguera e Lapa estão com índices epidêmicos. Já na zona leste, Itaquera, São Miguel, Guaianases, Água Rasa e Lajeado integram o grupo.

Completam a lista quatro distritos da zona norte (Jaçanã, Tremembé, Vila Medeiros e Vila Maria) e um da zona sul (Campo Limpo). A incidência geral da cidade está em 209,7 casos por 100 mil habitantes.

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Jaguara é, de longe, o distrito com a pior situação, com uma impressionante taxa de incidência de 3.236,7 casos por 100 mil habitantes. Em seguida no ranking dos maiores índices, aparecem os distritos de São Domingos (861,6) e Itaquera (754,5).

Na outra ponta da lista, os distritos Jardim Paulista (28,8), Vila Mariana (32,7) e Saúde (35,1) são os que registram as menores incidências de dengue no ano.

Agente de vigilância em saúde do Distrito Federal aplica produto para matar mosquito Aedes aegypti Foto: Wilton Junior/Estadão

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, já foram notificados neste ano 25.182 casos de dengue, número 68% maior do que o registrado em todo o ano passado (14.938). O acumulado de 2024 já é o segundo maior da história, perdendo apenas para os cerca de 103 mil casos registrados em 2015, quando a cidade e o Estado de São Paulo viveram o pior surto da doença.

A Prefeitura anunciou nesta terça-feira, 5, que passou a utilizar cinco drones que lançam larvicidas para tentar neutralizar os criadouros do mosquito Aedes aegypti em imóveis ou pontos nos quais os agentes de vigilância em saúde não conseguem acessar, como galpões vazios ou telhados de casas.

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Os novos drones se juntarão aos 26 equipamentos do tipo que estão sendo usados em monitoramento de imóveis, por meio de parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

A administração municipal cita ainda entre as ações realizadas a compra de novos equipamentos de nebulização (fumacê) - o que dobrou o total de aparelhos disponíveis na cidade -, e o aumento do número de agentes nas ruas, que passou de 2 mil para 12 mil.

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