A Colgate obteve um recurso e o creme dental Colgate Total Clean Mint — nova versão da Colgate Total 12 —, que foi interditado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pode voltar a ser comercializado.
A interdição havia sido determinada na última quinta-feira, 27, como medida de fiscalização para reduzir potenciais riscos associados ao uso do produto.
“A interdição é uma ação de fiscalização que tem o objetivo de reduzir o risco relacionado à exposição ao produto. Porém, essa interdição está suspensa devido aos efeitos do recurso apresentado pela empresa e que seguirá os trâmites administrativos da Anvisa”, disse a agência na sexta-feira, 28, em nota publicada no site oficial.
A interdição, de acordo com a Anvisa, teria sido o resultado de uma avaliação de risco e foi adotada diante da ocorrência de um “número significativo de efeitos indesejáveis associados ao uso do produto”.

Segundo a Anvisa, entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, foram registradas oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca.
Os principais sintomas relatados são: inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.
Na própria quinta, a Colgate já havia informado que entraria com recurso contra a decisão. “Seguimos tomando todas medidas cabíveis para interagir com a Anvisa e demonstrar a segurança do produto.”
“É importante reafirmar que o produto não oferece riscos à saúde, mas algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a certos ingredientes - como fluoreto de estanho, corantes ou sabores”, afirmou em nota.
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Alerta sanitário continua
A Anvisa também publicou um alerta referente à possibilidade de ocorrência de reações indesejáveis ao uso de creme dental e da importância da notificação.
Esse tipo de ato marca uma manifestação técnica da agência que aborda sinais de riscos associados a algum produto sujeito à vigilância sanitária e servem como orientação aos consumidores e profissionais de saúde.
“A recomendação do alerta é para que os consumidores observem sinais de irritação e interrompam o uso do produto nessa situação. Caso o desconforto seja persistente, é importante procurar um profissional de saúde.”
“Já os profissionais de saúde devem monitorar sinais de alterações bucais, orientar os pacientes sobre possíveis reações adversas e recomendar alternativas para indivíduos sensíveis.”
“Os fabricantes devem garantir que a rotulagem contenha informações claras sobre possíveis reações adversas e instruções de uso adequadas”, finaliza.