Em mais um acordo para adquirir vacinas contra o novo coronavírus, os Estados Unidos vai pagar a Johnson & Johnson mais de US$1 bilhão (R$5,3 bilhões) por 100 milhões de doses da candidata a imunizante da empresa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) há 165 imunizações em desenvolvimento, 26 destas em testes com seres humanos e 139 em ensaios iniciais.
O país já anunciou contratos - vários deles na casa dos bilhões - para garantir sete vacinas em desenvolvimento, entre elas as candidatas da Pfizer e BioNTech e Sanofi e GSK . À medida que a corrida por imunização e tratamentos para a covid-19 se intensifica, a Casa Branca tem assinado acordos por meio do programa Operação Warp Speed.
O contrato mais recente custa aproximadamente US$10 (R$ 53) por dose produzida. Se considerados os US$456 milhões (R$2,4 bilhões) anteriores que o governo norte-americano prometeu à J&J pelo desenvolvimento do imunizante, sai US$14,50 por dose (R$77).
O último valor é próximo aos US$19,50 (R$103) que o país está pagando por dose da vacina em elaboração pela Pfizer e pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech.
A J&J também está estudando a aplicação em uma ou duas doses, enquanto a candidata da Pfizer e BioNTech requer duas doses por pessoa.
Nesta quarta-feira, 5, a Johnson & Johnson anunciou que entregará a vacina, sem fins lucrativos, à Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento dos Estados Unidos (Barda, na sigla em inglês). O objetivo é que seja usada após aprovação ou autorização de uso emergencial pela agência de controle de drogas do país, a FDA.
A Casa Branca pode comprar 200 milhões doses adicionais em um acordo subsequente. A empresa não informou o valor deste contrato.
Este é o primeiro acordo da J&J para fornecer sua vacina experimental a um país. As negociações estão em andamento com a União Europeia, mas ainda não houve acordo.
A vacina experimental da farmacêutica está atualmente sendo testada em voluntários saudáveis nos Estados Unidos e na Bélgica em um estudo inicial. / REUTERS
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