Como dormir bem? Veja cinco dicas para melhorar o seu sono

Um ponto de extrema importância é a percepção sobre a própria necessidade de descanso; insônia traz problemas para o organismo

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Por Ocimara Balmant e Renata Fontanetto
Atualização:

A gente mal nasce e já aprende a dormir – em bebês, o aparelho psíquico começa a ser construído na dinâmica entre mamada e descanso. Por ser um dos pilares da saúde, o sono regula processos como memória, metabolismo, funcionamento cardiovascular e até circulação do sangue. No entanto, acaba sendo negligenciado devido a urgências da vida moderna, como rotinas extenuantes de trabalho, adverte Daniel Borges, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo. ”Há hábitos que todo mundo pode incrementar para que o sono aconteça de modo saudável”, explica o especialista, referindo-se à famosa higiene do sono, uma estratégia para lidar com o sono ao longo do dia e mantê-lo no horário adequado.

Fatores como reduzir a exposição à luz artificial e deixar o ambiente acolhedor na hora de dormir fazem parte da higiene. Mas será que existe solução mágica? Para a psicanalista Laura Castro, diretora de pesquisa e psicologia da Vigilantes do Sono, a resposta é um alto e sonoro não.

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A especialista está acostumada a atender pessoas que tentaram de tudo relacionado à higiene e continuam dormindo mal. Problemas crônicos, como insônia recorrente, não se esvaem com a prática; é preciso, então, investigar a causa. “Tudo depende da hora, da quantidade e em como equilibrar. A vigília, ou seja, quando estamos acordados, também importa. Há muitos estímulos durante o dia? O cérebro que dorme à noite é o mesmo que vive de dia e processa tudo depois”, avalia.

Outro ponto relevante é a percepção sobre a própria necessidade de descanso. A maior parte da população precisa de sete a oito horas para se sentir renovada, mas há os chamados pequenos e grandes dormidores. Os primeiros se sentem satisfeitos com seis horas ou menos, enquanto o segundo grupo chega a precisar de nove horas.

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”É importante que cada um perceba esse tempo ideal para não achar que deve diminuir ou aumentar as horas de sono sem necessidade”, enfatiza Monica Andersen, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Tenha uma rotina de sono e evite alterações bruscas, como períodos de privação ou dormir em excesso. Foto: Reuters

De acordo com Dalva Poyares, especialista em medicina do sono e também docente da Unifesp, essa riqueza de performances não se justifica somente pelo DNA. “A genética não explica nem metade da variabilidade dos padrões de sono. O meio social e ambiental também influencia como as pessoas dormem.”

Guardadas as necessidades individuais, uma coisa é certa: alguns estudos já apontam que as redes sociais são um dos maiores vilões da atualidade. A interação exigida dispara neurônios com substâncias excitatórias, o que contribui para o aumento do hormônio de estresse e afasta o início do sono.

Como dormir melhor

Alguns cuidados podem ajudar bastante a ter uma noite, de fato, reparadora. Confira algumas dicas a seguir:

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  • Luz. Tudo começa na parte da manhã. Expor-se à luz natural induz o corpo a regular o ciclo de vigília e de sono, reconhecendo o momento de ficar acordado e a hora de dormir.
  • Cochilos. O mais recomendado é evitar as sonecas que podem, eventualmente, surgir ao longo do dia, resguardando-se para o momento exato de dormir com qualidade.
  • Estímulos. Muitas atividades logo antes de dormir geram um estado de alerta. Por isso, evitar a exposição à luz artificial de telas e a interação em redes sociais são passos importantes.
  • Dieta. Ingerir comidas leves algumas horas antes de ir para a cama combina mais com uma noite tranquila. O melhor é evitar as comidas pesadas antes de se deitar.
  • Ambiente. Preparar o quarto para a hora do descanso e colocar uma luz mais aconchegante ajudam o corpo a relaxar.
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