A Mobilização Nacional pela Vacinação começou com foco nas doses de reforço bivalentes contra covid-19, inicialmente no público com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 70 anos e pessoas imunocomprometidas. A faixa foi, na sequência, ampliada para maiores de 18 anos. O avanço da vacinação depende da capacidade de entrega das vacinas pelos laboratórios fabricantes, diante do desabastecimento herdado do governo anterior, e do nível de organização de cada município.
Depois que o reforço da vacinação contra covid-19 tiver atingido toda a população, o foco será direcionado à prevenção da influenza, processo já em andamento. Na sequência, haverá um grande chamamento para atualização da caderneta de vacinação, com ações nas escolas. Até lá, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, espera que o trabalho de reorganização da rede já tenha alcançado o nível de microplanejamento, envolvendo as mais diversas instituições de atuação local na missão de ampliar o patamar de vacinação.
“Precisamos da participação de todos, mesmo porque a queda no engajamento da população em relação às vacinas não é um fenômeno apenas brasileiro. Está ocorrendo no mundo todo, como acabei de constatar ao participar da Assembleia Mundial da Saúde”, afirma Trindade, referindo-se à 76ª edição do evento, realizado no final de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, Suíça. Diante do cenário, ela não espera um aumento repentino, de um ano para o outro, no índice de vacinação. “A Mobilização certamente precisará ser contínua para alcançarmos os resultados que desejamos.”
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