Covid-19: Butantan detecta em São Paulo nova variante da Ômicron que afeta EUA, Europa e Austrália

Na semana passada, amostras da XBB.1 e da CK.2.1.1 foram identificadas pelo instituto em Ribeirão Preto e na capital paulista

PUBLICIDADE

Foto do author Renata Okumura
Atualização:

O Instituto Butantan identificou uma nova sublinhagem da variante Ômicron do coronavírus, a BN.1, pela primeira vez no Brasil. Ela é uma variante derivada da BA.2.75 e foi detectada a partir de uma amostra coletada em 27 de outubro deste ano em uma mulher de 38 anos, moradora da cidade de São Paulo. É a primeira vez que a variante é encontrada no País, mas ainda não é possível afirmar que ela vai se espalhar.

PUBLICIDADE

Conforme o instituto, a detecção desta sublinhagem é um indicativo de que ela está em circulação no Estado de São Paulo. “Por não ser um exemplo de variante de preocupação – mais transmissível, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) –, ela não deve causar grande impacto”, acrescentou em nota.

A BN.1 foi descrita primeira vez no sistema Pango de linhagens do SARS-CoV-2 na Índia em 28 de julho deste ano e atualmente é encontrada principalmente nos Estados Unidos (16% de todas as amostras de BN.1 encontradas no mundo), no Reino Unido (15%), Áustria (14%), Austrália (14%) e Índia (11%), de acordo com informações do Butantan.

Butantan detecta em São Paulo nova variante da Ômicron que afeta EUA, Europa e Austrália Foto: Andreas Gebert/Reuters

Na quinta-feira passada, 17, o Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS), do Instituto Butantan, detectou pela primeira vez duas novas sublinhagens da cepa Ômicron, batizadas XBB.1 e CK.2.1.1, em amostras colhidas em São Paulo. Os exames foram coletados na primeira quinzena de outubro e as análises confirmadas pela Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2.

A XBB.1 foi encontrada em uma amostra coletada na capital paulista e já está presente em 35 países. Segundo a OMS, classificada como variante de monitoramento, algumas evidências preliminares sugerem que esta sublinhagem específica pode trazer um maior risco de reinfecção quando comparada com outras variantes da Ômicron.

Publicidade

Já a CK.2.1.1 foi detectada em um paciente de Ribeirão Preto e, até o momento, é considerada mais rara, presente, até então, apenas em 342 amostras registradas na plataforma e distribuídas entre Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Espanha e Áustria.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.