CONTEÚDO PATROCINADO

Desafios da saúde

Fórum latino-americano reúne lideranças do setor para debater equidade e ESG

PUBLICIDADE

Por Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Atualização:
3 min de leitura
Fórum realizado no Centro de Ensino e Pesquisa do Einstein [3] teve encontro com CEOs de organizações de saúde [4], palestras sobre desafios como equidade [5], e mesas de debate simultâneas sobre mais de 30 temas [1]. Na abertura, estudantes de Medicina [2] trouxeram demandas por mudanças em carta aos CEOs 

Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar e cuidados médicos. A determinação presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, ainda está longe de ser uma realidade em todo o mundo, e a pandemia escancarou as desigualdades sociais determinantes no acesso à saúde.

Diante desse cenário, o 7º Fórum Latino-Americano de Qualidade e Segurança na Saúde, o primeiro realizado presencialmente pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) após dois anos de pandemia, trouxe a equidade e as ações do setor em ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) como temas centrais dos debates.

Continua após a publicidade

Sob o lema “Muito além do ESG”, as discussões envolveram lideranças e especialistas do setor na América Latina, além de médicos, pesquisadores e estudantes de 18 países. “Foi um evento de um alcance importante, de um grande impacto acadêmico, de conteúdo e emocional. Reunimos 2.630 participantes, sendo que mais de 1.900 deles estiveram presencialmente nos quatro dias de fórum”, afirmou o vice-presidente do IHI, Pedro Delgado, destacando o clima de troca de conhecimento que permeou o evento realizado no Centro de Ensino e Pesquisa do Einstein, entre 12 e 15 de setembro.

Com o objetivo de sensibilizar os representantes do setor de saúde e de organizações a assumirem compromissos mais ambiciosos, os debates abordaram temas como os impactos das mudanças climáticas e do desequilíbrio ambiental para a saúde das pessoas – e para o sistema. “Quando as pessoas ficam doentes, é o setor da saúde que absorve essa pancada, é nessa ponta que a corda se rompe normalmente. Por isso, acreditamos ter a responsabilidade de dizer às outras indústrias que olhem para as questões ESG, para enxergarem além dos seus muros”, disse o médico Miguel Cendoroglo Neto, diretor-superintendente médico e de serviços hospitalares do Einstein.

O pedido por maior compromisso também veio de jovens estudantes de Medicina do Einstein, que fizeram uma carta para CEOs presentes no fórum instando esforços coletivos para mudanças estruturais. 

Continua após a publicidade

Ações por maior equidade foram uma demanda apresentada por especialistas de diversos países da região. “Temos que dar a cada pessoa o que ela necessita para resolver seu quadro clínico, e isso não está sendo assim”, disse o argentino Marcelo Pellizzari, diretor do Departamento de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Universitário Austral, de Buenos Aires. “Na Argentina, há cidades onde sobram equipamentos de ressonância e tomógrafos, e lugares onde não há uma equipe de radiologia. O desafio é muito profundo e muito básico ao mesmo tempo. E é uma enorme responsabilidade de todos.”

O médico Donald Berwick, fundador, presidente emérito e membro sênior do IHI, destacou a importância de um trabalho conjunto na busca pela equidade. “Existem fatores que determinam se teremos ou não uma boa saúde: moradia, acesso ao transporte, segurança alimentar”, disse, ressaltando que questões como raça e pobreza excluem as pessoas do acesso a saúde. “Cada país tem que se constranger pelos grupos de pessoas que deixa de fora.”

O fórum trouxe ainda o debate sobre como manter os sistemas de saúde resilientes em tempos de crise – seja ela ambiental, econômica ou por motivo de guerra. “Todas as conversas sobre segurança (em saúde) são inúteis enquanto o mundo enfrenta esse tipo de ameaça”, disse a médica Olesya Vynny K, da Salutas Clinic, em Lviv, oeste da Ucrânia, em referência aos ataques russos que assolam seu país há mais de 200 dias. “Fazer o nosso trabalho como médicos, o melhor e o mais rápido que conseguimos, se tornou o nosso único objetivo.”

Continua após a publicidade

Divulgação