Pessoas com esclerose múltipla (EM) que adotam uma dieta mediterrânea podem ter cerca de 20% menos probabilidade de desenvolver problemas de memória e habilidades de pensamento do que aquelas que não o fazem, de acordo com um estudo programado para ser apresentado no próximo mês durante a reunião anual da Academia Americana de Neurologia.
EM é uma doença crônica do sistema nervoso central que se desenvolve quando o sistema imunológico ataca por engano e danifica a bainha protetora (mielina) que envolve as células nervosas.
A doença afeta as pessoas de diferentes maneiras – desde problemas de visão, fraqueza muscular e espasmos até tontura, problemas de controle da bexiga e outros. Mais da metade das pessoas com EM desenvolve também problemas cognitivos, de acordo com a Sociedade Nacional de Esclerose Múltipla.
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Esses problemas geralmente pioram com o tempo, levando muitos com a condição a fazer mudanças no estilo de vida – incluindo mudanças na dieta – que podem melhorar seus resultados.
A dieta mediterrânea, baseada na cozinha tradicional dos países ribeirinhos do Mar Mediterrâneo, é rica em frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e peixes, e tem como principal fonte de gordura o azeite. O consumo de carnes vermelhas, alimentos altamente processados e assados é limitado pelos adeptos da dieta.
Ao longo dos anos, numerosos estudos atribuíram benefícios saudáveis para o coração a uma dieta mediterrânea, mas esta nova pesquisa, que envolveu 563 pessoas com EM, encontrou benefícios cognitivos.
Quando receberam uma bateria de testes cognitivos, 13% dos participantes do estudo que relataram aderir mais à dieta mediterrânea apresentavam comprometimento cognitivo, em comparação com 34% daqueles que relataram uma dieta menos semelhante ao plano mediterrâneo.
As descobertas do estudo são consideradas preliminares porque a pesquisa ainda não foi publicada em uma revista médica revisada por pares./TRADUÇÃO ANA LOURENÇO
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