Doenças respiratórias: veja quais são as mais comuns no outono e no inverno e como se proteger

Maior transmissão se deve principalmente ao confinamento e a permanência das pessoas em espaços fechados e com pouca ventilação

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Por Redação
Atualização:

As baixas temperaturas influenciam na disseminação de vírus causadores de infecções como gripe, resfriado, e também a covid-19. Embora o inverno comece somente em 21 de junho, no outono também é verificado o aumento de casos de doenças como rinite, asma e bronquite. Além disso, consideradas as épocas mais propícias para a proliferação do vírus sincicial respiratório (VSR), por serem as estações mais frias e secas, também é mais comum observar casos de bronquiolite e pneumonia entre as crianças. Cuidados também devem ser redobrados com os idosos e pessoas mais suscetíveis a quadros graves.

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Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a transmissão destas doenças se deve principalmente ao confinamento e a permanência em espaços fechados e com pouca ventilação, situação que tende a facilitar a circulação de microrganismos, principalmente vírus respiratórios.

“Em ambientes fechados, o contágio por vírus de transmissão respiratória é bem maior. Todos devem manter o local ventilado, o que minimiza a chance de o vírus ser transmitido entre as pessoas, permanecer no ar por algumas horas e cair nas superfícies, contaminando muito mais gente”, alerta a biblioteca virtual.

Para prevenir a transmissão de vírus respiratórios, também é recomendada a correta e frequente higienização das mãos, principalmente entre as crianças em idade que costumam colocar mais as mãos na boca. Embora não seja obrigatória na maioria dos ambientes atualmente, o uso de máscara facial também é indicado, em especial para indivíduos que são mais suscetíveis aos vírus ou mesmo estejam resfriados para que não transmitam para outras pessoas.

Em dias mais frios, também é aconselhado que as pessoas se hidratem bem, assim como mantenham alimentação balanceada, a prática de exercícios e o uso de roupas apropriadas para a estação. “Evitar o choque térmico é muito importante e pessoas com imunidade baixa são mais suscetíveis às doenças respiratórias. Caso haja um sintoma mais intenso é fundamental procurar rapidamente o serviço médico”, orienta o Ministério da Saúde. Em alguns casos, o acompanhamento médico é essencial para prevenir as doenças respiratórias.

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Gripe, resfriado e covid-19

O aumento de casos de doenças que afetam o sistema respiratório também acontece em razão dos hábitos. No frio, as pessoas optam por ambientes pouco ventilados, que facilitam a transmissão de vírus e bactérias. O tempo seco e o aumento da poluição podem ser ainda fatores agravantes para o aparecimento de gripe, resfriado ou de covid-19.

Evite aglomerações

O ideal é evitar ambientes não ventilados e com muitas pessoas.

Atenção redobrada com poeira e mofo

Durante o frio, é comum usar aquele cobertor e casaco que estavam esquecidos no guarda-roupa, mas é recomendado que esses itens estejam limpos para evitar crises alérgicas.

Para evitar a contaminação, no caso de gripe e de resfriado, as regras são as mesmas seguidas para a prevenção da covid-19: lavar as mãos sempre que possível e utilizar álcool 70 volumes para limpar o que for preciso.

Alimentação equilibrada e hidratação

Hábitos saudáveis são essenciais para que o corpo humano funcione corretamente. Por isso, ter uma alimentação balanceada, manter a hidratação do corpo, dormir bem e ter uma rotina equilibrada ajudam o organismo a se proteger contra ameaças.

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Estar com a vacinação em dia também é importante diante da incidência de doenças respiratórias no outono e no inverno. Foto: NIAID/ Creative Commons

Além da covid, vacina da gripe em dia

Com a maior circulação de alguns vírus durante o outono e o inverno, torna-se necessário manter o cartão de vacinação sempre atualizado.

Rinite alérgica

Uma alergia é uma reação exacerbada do sistema imunológico a agentes externos. No caso das alergias respiratórias, as mais comuns são a rinite e asma, embora essas doenças inflamatórias nem sempre sejam causadas por alergia.

Enquanto a rinite inflama as mucosas das vias aéreas superiores, a asma atinge as vias aéreas inferiores, o que a torna perigosa, já que a passagem de ar pode ser bloqueada, interromper a oxigenação e levar à morte se não houver assistência médica.

Quando uma pessoa tem a rinite alérgica, os sintomas mais comuns são coceira no nariz, obstrução nasal e espirros em série. O asmático costuma sofrer de falta de ar, chiado no peito (sibilos), tosse e dor torácica. Poluição, cheiros de perfume ou de produtos de limpeza, fumaça de cigarro não provocam alergias respiratórias, mas podem desencadear crises de rinite ou asma.

As mudanças abruptas de temperatura, comuns no outono e no inverno, também podem desencadear crises de rinite ou asma.

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As baixas temperaturas influenciam na disseminação de vírus causadores de infecções respiratórias. Foto: Nastya_gepp/Pixabay

Crises de asma

De acordo com o Ministério da Saúde, a asma é uma doença que causa dificuldade para respirar, além de encurtamento da respiração e sensação de aperto no peito. “A enfermidade tem tratamento, e é possível barrar complicações evitando exposição à poeira, ácaros e fungos”, acrescenta.

Juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica, a asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns.

A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem amenizar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso, o acompanhamento médico, desde o início, é fundamental.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estima-se que no Brasil existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos – a doença é uma causa importante de faltas escolares e no trabalho.

Sintomas mais comuns de asma

  • Tosse seca;
  • Chiado no peito;
  • Dificuldade para respirar;
  • Respiração rápida e curta;
  • Desconforto torácico;
  • Ansiedade.

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O tratamento tem a finalidade de melhorar a qualidade de vida da pessoa, por meio do controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar, segundo o Ministério da Saúde. O tratamento medicamentoso é realizado junto com medidas educativas, que envolvem o controle dos fatores que podem desencadear a crise asmática.

A definição do tratamento é feita a partir dos sintomas, do histórico clínico e da avaliação funcional, de forma individualizada. Em geral, são utilizados medicamentos para alívio rápido dos sintomas e para manutenção do controle da crise.

Como controlar a rinite e a asma

  • Medicamentos: Não recorra à automedicação e nem se trate apenas nas crises, pois isso pode prejudicar a sua saúde. Acompanhamento médico é essencial.
  • Limpeza do ambiente: Encare o aspirador de pó como a ferramenta de limpeza mais importante da sua casa. Não use a vassoura ou espanadores, que levantam o pó. Equipamentos de ar condicionado de casa ou do carro precisam ser higienizados para evitar a proliferação de ácaros, fungos, vírus e bactérias.
  • Umidificador: O umidificador pode ajudar nos dias mais secos, mas é preciso tomar cuidado para não deixar o ambiente úmido demais e propício para a proliferação de ácaros, que gostam de ambientes úmidos e mornos.
  • Sol: Aproveite os dias de sol forte para matar os ácaros em travesseiros e edredons.
  • Armário: Opte por capas de travesseiro e colchão antialérgicas. Se for tirar edredons, casacos e outras roupas que ficaram guardadas no armário por muito tempo, não deixe de lavar e, de preferência, estender ao sol antes de usar. Agasalhe-se, principalmente na época de frio
  • Exercícios: A prática de exercícios físicos aeróbicos pelo menos três vezes por semana ajuda a inibir crises de asma. Porém, antes de praticar, procure orientação médica, pois é preciso ter a asma sob controle para se exercitar.
  • Casa: Bichos de pelúcia, livros, carpetes, tapetes e cortinas são depósitos de ácaros e pó. Quanto menos, melhor. Se não tiver como eliminar todos esses itens, procure guardar em plásticos e aspirar o pó com frequência. Se possível, dê preferência a sofás e poltronas de couro, que são mais fáceis de limpar e acumulam menos pó.
  • Deflagradores: Perfumes fortes, fumaça, poluição, produtos de limpeza podem irritar ainda mais as mucosas das vias aéreas, desencadeando crises. Evite o que for possível.
  • Lavagem nasal: Aprenda a fazer a limpeza nasal com soro fisiológico morno para retirar o excesso de muco.
  • Fragrâncias: Evite cheiros fortes.
  • Vacinação em dia: Tome a vacina da gripe.
  • Cigarro: Evite contato com a fumaça.
  • Alimentação e hidratação: Tenha uma alimentação saudável e beba bastante líquido (água).

Como diferenciar asma de faringite, laringite e sinusite?

  • Asma - tosse seca, crise de chiado e dificuldade para respirar.
  • Faringite - dor de garganta.
  • Laringite - rouquidão.
  • Sinusite - inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.

Bronquite aguda

É um processo inflamatório da mucosa brônquica, geralmente precedida por uma infecção das vias aéreas superiores. Conforme a Secretaria da Saúde do Estado de Goiás, é mais comum no inverno e muitas vezes é causada pelos mesmos vírus dos resfriados.

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Os vírus mais comuns são: Adenovírus, Influenza, Coronavírus e Rinovírus.

Já as bactérias: Chlamydia pneumoniae, Bortella pertussis e Mycoplasma pneumoniae. Secundariamente, o Pneumococos também pode invadir a árvore brônquica.

A bronquite aguda se caracteriza por tosse seca irritativa, com sensação de desconforto. Na fase mais avançada, com a apresentação de um quadro infeccioso surgem escarros (no início mucoso e depois mucupurulentos). É importante procurar um profissional de saúde para que o tratamento correto seja indicado. Além de poeira, outros agentes químicos como fumo e tinta também podem penetrar no pulmão e desencadear a doença.

Entre as medidas preventivas também estão: a correta higienização das mães e tampar a boca e o nariz, ao espirrar ou tossir.

Bronquiolite e pneumonia

Consideradas as épocas mais propícias para a proliferação do vírus sincicial respiratório (VSR), por serem as estações mais frias e secas, no outono e no inverno é mais comum observar o aumento de crianças internadas com bronquiolite e pneumonia. Desta forma, medidas preventivas e o diagnóstico precoce são ferramentas para evitar o agravamento do quadro clínico.

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Pertencente ao gênero Pneumovirus, o VSR é um dos principais agentes da infecção aguda nas vias respiratórias. O vírus atinge brônquios e pulmões. Não há vacinação contra o VSR. Somente no caso das crianças prematuras nascidas com até 28 semanas de gestação ou com fator de risco como bebês com displasia broncopulmonar e cardiopatias congênitas, um programa do Ministério da Saúde oferta o palivizumabe, anticorpo específico contra o vírus sincicial, aplicado uma vez por mês durante cinco meses, antes do período de maior circulação do vírus, para evitar formas graves da doença.

As viroses respiratórias têm sintomas comuns como tosse, febre, dor de garganta e coriza. No VSR, o que chama atenção é a idade do bebê – geralmente atinge com mais frequência crianças de até 2 anos de idade – e a dificuldade para respirar, sintomas associados à época do ano com predomínio da circulação do vírus.

Embora não haja vacina disponível, levar as crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a covid-19 reduz a chance delas terem problemas respiratórios por esses outros vírus, que também são perigosos. Isso diminui, consequentemente, a própria exposição das crianças ao VSR.

A amamentação, por exemplo, é um reforço imunológico importante. Ou seja, o desmame precoce deixa a criança mais frágil. Além disso, em caso de pessoas fumantes, é importante evitar que a criança seja exposta à fumaça.

No caso da bronquiolite, as crianças podem transmitir o VSR por mais de uma semana. Mesmo após apresentar melhora, é importante ter atenção.

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