Cerca de 21 mil paulistanos podem ser vítimas de morte súbita este ano, caso não sejam diagnosticados e tratados a tempo. Em todo o País, o número pode chegar a 212 mil. O alerta é do Instituto do Coração (Incor). A principal causa de morte súbita são problemas cardiovasculares, como enfarte, acidente vascular cerebral (AVC) e parada cardiorrespiratória. As arritmias cardíacas respondem por 90% dos casos, segundo o estudo do Incor, feito em outubro de 2009 com base em dados oficiais do Ministério da Saúde referentes a 2007. "Por meio de análises estatísticas foi possível fazer uma estimativa dos casos em 2010", explica Martino Martinelli, coordenador da pesquisa.Somente com o diagnóstico precoce, diz o cardiologista, é possível prevenir o problema. Dependendo do caso, o tratamento envolve medicamentos, cirurgia e até a implantação de um cardiodesfibrilador implantável (CDI) - aparelho que identifica quando o paciente está tendo uma arritmia ou parada cardíaca e libera um choque ressuscitador. "Acreditamos que a implantação desse aparelho possa evitar pelo menos 12 mil dessas 21 mil mortes previstas. Mas em 2007, ano-base da pesquisa, somente 331 foram implantados em São Paulo", diz. Outra medida para conter as mortes seria a presença de desfibriladores em locais de grande circulação de pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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