Éris: Brasil confirma mais dois casos da nova variante da covid-19

Criança com menos de 2 anos recebeu diagnóstico no Distrito Federal; no Rio de Janeiro, a Secretaria da Saúde confirmou que há indicação de transmissão local da subvariante da Ômicron

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Foto do author Renata Okumura
Atualização:

O Brasil confirmou na quarta-feira, 30, mais dois casos da variante EG.5 da covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. No Rio, o paciente não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local desse tipo de linhagem. No Distrito Federal, uma criança com menos de 2 anos recebeu a confirmação. Ela ficou internada, mas já recebeu alta médica.

Atualmente, esse é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou infecções por essa nova cepa em mais de 50 países. O primeiro caso da nova variante da covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto em São Paulo.

Rio de Janeiro aponta transmissão local da variante Éris

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Na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da subvariante da Ômicron na cidade, atestada pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais os sintomas.

“Ele não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local dessa linhagem”, afirma a secretaria do Rio.

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Ainda de acordo com a pasta, o paciente não havia tomado a dose de reforço da bivalente contra covid-19, o que reforça a recomendação da secretaria para que todas as pessoas maiores de 12 anos realizem a imunização, que mantém a proteção contra casos graves da doença.

“É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial (primeira e segunda dose). No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço”, alerta a secretaria.

No Rio, as vacinas estão disponíveis nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde). Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, de domingo a domingo, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade.

Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro orienta que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem as doses de reforço contra a covid-19, que mantém a proteção contra casos graves da doença. Foto: Igor do Vale/Estadão

No Distrito Federal, criança com menos de 2 anos recebeu diagnóstico

O Distrito Federal também detectou pela primeira vez a presença da nova subvariante da Ômicron. A paciente é uma bebê com menos de 2 anos que foi atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) em 11 de agosto. Com sintomas respiratórios, a criança foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14.

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“Ao todo, a Secretaria de Saúde analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, porém, somente o caso da bebê atendida no HMIB foi positivo para a nova subvariante”, disse a pasta, em nota.

Para o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero Martins, não há motivos para a população se preocupar, no momento. “Estamos atentos a questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, uma subvariante por meio das unidades sentinelas e do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal)”, disse ele.

Embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população, ainda de acordo com Martins.

Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os causados pela Ômicron original:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo
  • Dor de garganta
  • Nariz escorrendo

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Confirmação do primeiro caso no Brasil

O primeiro caso da nova variante da covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto, em São Paulo. Uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, residente na zona sul da capital paulista, recebeu o diagnóstico.

Os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça começaram em 30 de julho, sendo que ela fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. A mulher chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na ocasião, a paciente tinha o esquema completo de vacina contra a covid-19 monovalente e ainda não havia se vacinado com a dose de reforço bivalente.

Importância da vacinação

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. “A recomendação da vacinação como principal medida de combate à covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença”, disse em comunicado.