Nesta quarta-feira, 5, o Estado de São Paulo atingiu 1.653.356 de casos prováveis de dengue desde janeiro de 2024, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O número é quase seis vezes a quantidade de registros da doença no Estado em 2023 e já superou o total de casos no Brasil inteiro no ano passado, que foi de 1.649.144.
Em uma crescente de casos desde o início do ano, São Paulo já ultrapassou Minas Gerais e é o Estado que mais acumula registros da doença em todo o país. Até o momento, 988 pessoas morreram por dengue no Estado e 1.191 óbitos ainda estão sob investigação.
Vale lembrar que, em 18 de março, o Brasil atingiu o maior número de casos de dengue da história. Com 1.899.206 casos notificados à época, o país superou o recorde anterior, estabelecido em 2015, quando 1.688.688 casos foram confirmados. Hoje, quase três meses depois, já são 5.655.043 casos prováveis em território nacional, além de 3.497 óbitos confirmados e 2.856 mortes em investigação.
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Prevenção
A eliminação de criadouros de mosquitos segue sendo uma das melhores maneiras de evitar a doença. Para isso, é preciso eliminar a água que fica parada em recipientes como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso.
Também vale apostar em métodos físicos, como uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes, especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, que possuem duração superior em comparação a outros tipos.
A vacinação contra a doença também é outra medida importante. Fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, a vacina Qdenga foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023 e desde dezembro foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, devido à disponibilidade limitada de doses, apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos foram considerados elegíveis para receber o imunizante.
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