Os ferros e halteres de academias podem esconder inimigos invisíveis, segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que investigou quão sujos são os equipamentos nesses locais.
O estudo contou com inspeções detalhadas em duas academias da cidade, uma pública e outra particular, que tiveram os seus equipamentos de alta rotatividade de uso e toque analisados.
Ao todo, foram realizadas 120 avaliações, sendo 48 inspeções visuais, 48 testes de resíduos de proteína (sujeira) e 28 testes pelo método de fluorescência. Os resultados foram publicados no Journal of Human Environment and Health Promotion.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/2RR46AZMLVD5HO767HFJTWQPIE.jpeg?quality=80&auth=efd8c6fb5910aab2fc596d835a83217cdbd4c4c207becb2fec2a404a51673107&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/2RR46AZMLVD5HO767HFJTWQPIE.jpeg?quality=80&auth=efd8c6fb5910aab2fc596d835a83217cdbd4c4c207becb2fec2a404a51673107&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/2RR46AZMLVD5HO767HFJTWQPIE.jpeg?quality=80&auth=efd8c6fb5910aab2fc596d835a83217cdbd4c4c207becb2fec2a404a51673107&width=1200 1322w)
Entre os aparelhos com resultado positivo para a presença de sujeira “invisível”, os piores resultados foram encontrados no leg press, halter de 8 kg e voador.
Já a presença de sujidades visíveis foi verificada em 95,8% dos equipamentos da academia pública e 33,3% na academia privada.
Os resultados indicam que as práticas de limpeza e desinfecção realizadas nas academias públicas e particulares foram inadequadas e necessitam ser revistas, segundo o relatório.
Além disso, os pesquisadores também analisaram a distribuição do dispenser para álcool em gel nos estabelecimentos, observando a distância entre ele e os aparelhos.
A academia pública possuía somente um dispenser com álcool 70% e não havia toalhas para higienização. A particular, por sua vez, possuía 17 unidades e porta-toalhas.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/SXXUD7S7SNBVDG5DYZWUY5H3C4.jpeg?quality=80&auth=3321774c08f268121aecdebd450f233f3af452d0008d8c2ec4f11b6804e975df&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/SXXUD7S7SNBVDG5DYZWUY5H3C4.jpeg?quality=80&auth=3321774c08f268121aecdebd450f233f3af452d0008d8c2ec4f11b6804e975df&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/SXXUD7S7SNBVDG5DYZWUY5H3C4.jpeg?quality=80&auth=3321774c08f268121aecdebd450f233f3af452d0008d8c2ec4f11b6804e975df&width=1200 1322w)
Segundo o enfermeiro André Alvim, professor da UFJF e coordenador do estudo, os dados chamam a atenção porque, quando não recebem a devida higienização, as academias representam um risco para a saúde dos usuários.
“Precisamos tomar cuidado com a possibilidade de transmissão de conjuntivite, gripe, covid-19, diarreia e outras doenças”, afirmou.
Leia também
Como se proteger
Alvim recomenda algumas medidas para usuários de academias. Segundo o enfermeiro, o mais importante é a higienização das mãos com água e sabão ou então com álcool em gel.
Além disso, é recomendável levar uma toalha individual para cobrir as superfícies dos aparelhos, e realizar a limpeza e desinfecção dos equipamentos utilizados durante o treino.
É preciso reforçar também o cuidado com a garrafinha de água, pois ela pode ser fonte de contaminação cruzada, e evitar permanecer com a roupa do treino ao chegar em casa.