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‘Fiquei sem umbigo’: pacientes acusam cirurgião de erro em plásticas em Minas; polícia investiga

Cerca de 30 mulheres denunciaram supostos erros do cirurgião Felipe Villaça Guimarães, que nega má conduta. Polícia Civil mineira está coletando provas do caso

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Foto do author Giovanna Castro
Atualização:

O cirurgião plástico mineiro Felipe Villaça Guimarães, seguido por 164 mil pessoas no Instagram, está sendo acusado por um grupo de mulheres por supostos erros médicos. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) vem investigando os casos para que, se comprovados, ele responda por má conduta médica.

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“As investigações se encontram em fase de coleta de provas e a PCMG orienta que outras vítimas procurem a delegacia mais próxima da residência e registrem os fatos para que sejam devidamente apurados”, disse a PCMG em nota.

Segundo o Uol, são mais de 30 mulheres que acusam o médico de cometer erros médicos e pelo menos 25 boletins de ocorrência registrados em diferentes delegacias nos últimos três anos, mas Guimarães nega as acusações.

Villaça disse que a sua clínica oferece “o que há de melhor em cirurgias plásticas no mundo” Foto: Instagram/@drfelipevillaca

Villaça disse ao Uol que a sua clínica oferece “o que há de melhor em cirurgias plásticas no mundo” e que é “perseguido por uma quadrilha” que estaria tentando lucrar com o dinheiro do reembolso dos procedimentos. O Estadão não conseguiu contato com o médico até a publicação do texto.

No Reclame Aqui, uma mulher afirma que teve um caso de necrose após um procedimento de lipoaspiração realizado pelo médico em 2022. Ela o acusa de não prestar o atendimento necessário. “Recebi assistência da equipe dele nesse primeiro momento (antes da cirurgia). Ele mesmo quase não aparece. Inclusive, no pré-operatório, quem pega seus exames é a enfermeira dele e, ao receber a alta hospitalar, ele não aparece também. (Ele) deixa assinado para a enfermeira te liberar”, diz.

“Acredito que se ele tivesse ido me ver antes de dar a alta, visto meu abdômen arroxeando e agido preventivamente, não teria chegado onde chegou”, afirma a mulher. “Hoje, estou com o abdômen deformado, cicatrizes enormes e sem umbigo – deixando claro que aceitei essa assistência dele para que, caso eu procurasse outro profissional e complicasse mais, ele não colocasse a culpa nesse outro profissional. O INSS me afastou do trabalho em virtude da enorme lesão e da minha situação psíquica”, completa.

No mesmo comentário, a mulher diz que procurou Guimarães “em virtude dos bons resultados mostrados em suas redes sociais com blogueiras”. “Não tive o cuidado de pesquisar mais a fundo sobre esse médico, mas depois que tive uma enorme necrose no abdômen e queimaduras nas costas devido à lipoaspiração (mal-uso da cânula de lipoaspiração) que vi que tem inúmeros processos por erro médico e casos que não vieram à tona. Está sendo um pesadelo o meu sonho, uma cirurgia que quase custou minha vida”, diz.

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Em um post da clínica de Guimarães, a FGC Cirurgia Plástica, um homem que se diz noivo de uma mulher que morreu após realizar cirurgia com o médico critica a conduta dele nas redes sociais. “Foi com essa excelência e experiência que minha noiva perdeu a vida com apenas 15 dias pós cirúrgico”, escreveu.

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