O governo de São Paulo vai apresentar na coletiva de imprensa da próxima terça-feira, 12, os dados de eficácia geral da Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantã. Na última semana, a gestão João Doria (PSDB) afirmou que o imunizante apresentava 78% de eficácia contra casos leves da doença e 100% contra os quadros graves e moderados.
De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, os dados sobre eficácia geral da Coronavac estão em posse exclusiva do Butantã e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “As pessoas estão cobrando mais transparência, mas nem eu nem o governador sabemos qual é esse número”, afirmou ao Estadão.
Na manhã desta segunda-feira, 11, a Coronavac foi aprovada na Indonésia, onde a taxa de eficácia geral, que leva em consideração todos os casos registrados durante a fase 3 de testes, ficou em 65,3%. O mínimo exigido pela Anvisa para que o imunizante seja aplicado no Brasil é de 50%.
Em entrevista ao Estadão, o infectologista Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do centro de pesquisa da Coronavac no Hospital das Clínicas, afirmou que o índice de 78% apresentado pelo governo é apenas um recorte do estudo. A previsão do governo é que a campanha de vacinação no Estado comece no próximo dia 25.
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