SÃO PAULO - Vários estudos acadêmicos propõem soluções para isolamento em casas exíguas. Uma delas é do Grupo de Estudos em Arquitetura e Engenharia Hospitalar (GEA-HOSP) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Com base nas recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o grupo criou um manual com procedimentos e rotinas em casa para o controle de contágio da covid-19.
“Uma das características da covid-19 é a alta transmissibilidade, por contato e pelo ar, por meio de gotículas expelidas até pela fala, por pessoas assintomáticas. A proteção contra a infecção, portanto, é um desafio, mesmo para quem possui habitação em boas condições”, diz Antônio Pedro de Carvalho, coordenador do grupo de pesquisa.
Uma das orientações é a criação de áreas de transição, barreiras entre a rua, ambiente potencialmente contaminado, e a casa, área que precisa ser preservada. A área de transição deve estar bem definida, até com fita adesiva no piso ou mobiliário. Um móvel de apoio pode servir para higienização e bloqueio parcial do acesso. Ali, podem estar uma caixa para sapatos, outra para os objetos pessoais (chaves e bolsas, por exemplo) e apoio para álcool em gel. Depois desses procedimentos, a pessoa deve se dirigir a um sanitário e tomar banho, sem tocar em nada.
Carvalho sugere que um espaço isolado seja destinado quando houver um indivíduo infectado. O ideal seria um quarto, com janelas sempre abertas e portas fechadas. Se não for possível, deve-se demarcar um espaço de isolamento, com área de transição de um metro, separação de utensílios e roupas e uso de máscara.
Seria importante destinar um banheiro para uso exclusivo do paciente com covid-19. Nos casos de banheiro compartilhado, os cuidados com a limpeza do espaço são fundamentais após a utilização pela pessoa com a enfermidade.
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