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Hospital Israelita Albert Einstein

Uma história de protagonismo na medicina

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Por Albert Einstein
Atualização:
6 min de leitura
Selo 50 anos - Divulgação: Hospital Israelita Albert Einstein 

Meio século atrás, as doenças infecciosas e parasitárias predominavam no Brasil. A mortalidade infantil era altíssima, a poliomielite não estava eliminada e os exames de imagem basicamente se limitavam ao raio X. Em paralelo, tratamentos para lidar com infarto, diabetes e hipertensão eram escassos. Poucos médicos queriam tratar o câncer. E o Morumbi ficava na zona rural de São Paulo, em um lugar onde pouca gente pensaria em instalar um hospital — muito menos um com a ambição de ser um dos melhores do mundo.

Nesse cenário, em 28 de julho de 1971, era inaugurado o Hospital Israelita Albert Einstein, 16 anos após um grupo de médicos e empresários da comunidade judaica fundar uma sociedade com o objetivo de expressar o seu reconhecimento com o acolhimento no Brasil. Cumprindo os mandamentos de boas ações (mitzvá), assistência à saúde (refuá), justiça social (tsedaká) e educação (chinuch), o hospital se tornou parte fundamental do progresso do País na área da saúde.

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Na época de inauguração, as unidades de terapia intensiva (UTI), cruciais para assistir pacientes de alta complexidade, eram novidade, e essa forma de cuidado foi implantada no Einstein já em 1972. A iniciativa serviu de exemplo para a disseminação desse conceito no Brasil.

Enquanto o hospital crescia, na década de 1970, o País vivia uma dramática epidemia de meningite, que matava um a cada sete infectados. Foi, então, desenvolvida campanha nacional de vacinação contra a doença, da qual os funcionários do Einstein participaram voluntariamente, denotando sua responsabilidade social.

A partir dos anos 80, com a chegada das drogas imunossupressoras, os transplantes começaram a se tornar um tratamento viável para diversas doenças. Uma revolução se avizinhava. O Einstein incorporou essa atividade terapêutica desde 1987, com um transplante de medula óssea. Posteriormente, criou o Programa Integrado de Transplante de Órgãos. Hoje, o Einstein é um dos principais centros transplantadores da América Latina e 93% dos transplantes são realizados via SUS.

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O Einstein também se destacou no ensino, entre outras ações, com a criação da Faculdade de Enfermagem, que teve seu primeiro ano em 1989, e com o curso de medicina, iniciado em 2016. Já na área de pesquisa, comprovou todo o seu potencial durante a pandemia, com estudos que mudaram a prática clínica da Covid-19. E foi pioneiro em exames de imagem e de laboratório, cirurgia robótica, telemedicina e em modelos de parcerias com o setor público, sempre com olhar inovador e a vontade de contribuir para o aperfeiçoamento de todo o sistema de saúde.

A medicina do futuro não será baseada em equipamentos, mas em gente qualificada. Para ter qualidade, ela deverá estar cada vez mais ligada ao ensino, à pesquisa e à transparência

Reynaldo Brandt, ex-presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (1995 a 2001)

Tantas conquistas culminaram em acreditações como a da Joint Comission International, o que comprova a excelência do Einstein. Esses primeiros 50 anos são só o começo da história.

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Linha do Tempo - Hospital Israelita Albert Einstein 

Somos o ‘hospital das gentes’. Nossa missão é levar tudo o que temos de bom para o resto do Brasil. Estamos prontos para seguir servindo o País e não nos incomodamos de brigar por questões legítimas

Claudio Lottenberg, ex-presidente (2001 a 2016) e atual presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Cultura da inovação em prol do cuidado

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Robôs participando dos atendimentos, inteligência artificial melhorando a capacidade analítica, diagnóstica e agilizando processos... A tecnologia muda o jeito de cuidar da saúde e de lidar com desafios do futuro. Mas, ao contrário do que se teme, a medicina do futuro será mais acessível, humanizada e democrática. É essa a visão do Einstein.

Novas ferramentas facilitam as predições, os diagnósticos e os tratamentos de doenças, ao mesmo tempo que estimulam o autocuidado, por oferecerem informações do paciente sobre a própria saúde. O engajamento do usuário ajuda a melhorar o sistema, e gera um círculo virtuoso.

Recursos como a telemedicina, tracionada pela pandemia, aproximam o médico do paciente. A tendência é que o atendimento a distância se intensifique, inclusive com novos formatos, a fim de garantir um cuidado de qualidade em todos os cantos do Brasil.

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O desenvolvimento da assistência remota ainda diminui a necessidade de internações, movimento denominado desospitalização. A ideia é levar cada vez mais o sistema de cuidados com saúde até os pacientes, e não o contrário.

Esse olhar humanizado para a assistência é intensificado pelo Voluntariado Einstein, desde os primórdios. Amparado no apoio humanitário e na promoção da saúde e de ações socioeducativas, o grupo coordena atualmente iniciativas de grande relevância como o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, um modelo para entidades do Brasil. Mais uma evidência da qualidade e inovação do Einstein, o Voluntariado é certificado pela ISO 9001, que atesta a profissionalização da gestão e das ações.

Outras ferramentas auxiliam, com base em dados dos pacientes e do sistema de saúde, a fortalecer a medicina personalizada. A partir de informações clínicas, dos hábitos de vida e da genética, entre outras, a tecnologia ajuda a selecionar a melhor abordagem terapêutica, permitindo que o profissional de saúde se dedique menos à doença e mais às necessidades do paciente.

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Tudo isso exige uma atualização constante dos profissionais e em pesquisa e ensino. Mas nada substitui a essência da medicina, de uma conexão profunda entre profissionais e pacientes.

  1. Desospitalização

A medicina moderna não é reativa. Ela vai até as pessoas, com foco na atenção primária e na manutenção da saúde. Os pacientes irão cada vez menos ao hospital, mas o hospital de alguma forma irá até eles, como parte desse cuidado. Com apoio da tecnologia, profissionais ganham tempo para se dedicar aos pacientes. A multidisciplinaridade no cuidado, que já é praticada no Einstein, é necessária.

 

  1. Inteligência artificial/Big Data

Algoritmos estão em todos os lugares, até na saúde! No Einstein, um sistema pioneiro e altamente seguro permite que as informações dos prontuários de cada paciente internado sejam analisadas em tempo real. Se algum parâmetro sofre alterações, a equipe é acionada na hora. Com esse tipo de sistema inteligente, o risco de reinternação despenca, exames são otimizados e quem precisa de cuidado o recebe rapidamente, em qualquer lugar.

 

  1. Medicina de precisão

Na virada do século 21, a medicina entrava na era genômica, ciência que decodifica as informações do DNA e permite a busca de tratamento para as mais diferentes doenças. No âmbito do Proadi-SUS, o Einstein se dedica a terapias avançadas contra alguns cânceres (como a das células CAR-T contra linfomas), a edição gênica para consertar o gene que causa a anemia falciforme, entre outras.

 

  1. Telemedicina e saúde digital

Um desafio é oferecer acesso a serviços de qualidade para toda a população, e a telemedicina é uma aliada nessa trajetória. No projeto Tele-UTI, intensivistas do Einstein acompanham, a distância, pacientes de hospitais públicos de todo o Brasil. Há ainda um serviço de apoio a médicos da atenção primária da região Norte. Além disso, novos apps e dispositivos são aliados na transformação do cuidado.

Saiba mais em 50anos.einstein.br

O papel do Einstein é criar soluções inovadoras para os principais desafios do sistema de saúde. Nós buscamos a melhor forma de entregar saúde, bem-estar e sustentabilidade, não apenas diagnóstico e tratamento. E isso não tem fim

Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (2016 em diante)

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