A Johnson & Johnson desativou silenciosamente a única de suas unidades que ainda fabricavam lotes utilizáveis da vacina da Janssen contra a covid-19 no final do ano passado. A suspensão é temporária, e a unidade de Leiden, na Holanda, deve retomar a produção da vacina dentro de alguns meses novamente, de acordo com o jornal New York Times.
A farmacêutica tem milhões de doses de sua vacina contra o novo coronavírus em estoque, e continua fornecendo para todas as suas unidades de envase (linha de produção) e formulação, inclusive em Aspen, os insumos necessários para a fabricação do imunizante. "Continuamos cumprindo nossas obrigações contratuais em relação ao Covax Facility e à União Africana", disse a organização por e-mail.
A instalação na cidade holandesa de Leiden tem fabricado uma vacina experimental, porém potencialmente mais lucrativa, para proteger contra um vírus não relacionado, conforme a reportagem.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que "já recebeu as 38 milhões de doses imunizantes contratadas junto à empresa, não restando pendências contratuais com a farmacêutica. Até o momento, a Pasta já distribuiu cerca 416 milhões de doses de vacinas covid-19 para Estados e Distrito Federal. Destas, 367 milhões já foram aplicadas."
No mês passado, a Johnson & Johnson fez uma previsão de 3,5 bilhões de dólares em vendas de sua vacina contra a covid-19 em 2022, um salto de 46%, mas ainda assim um desempenho bem abaixo de suas concorrentes.
Contudo, a empresa reportou vendas de 2,39 bilhões para a vacina contra a doença em 2021, não alcançando sua própria meta de 2,5 bilhões de dólares, após um ano marcado por dificuldades de manufatura, preocupações de segurança e demandas desiguais por um imunizante que já foi celebrado com uma ferramenta promissora para imunizar as populações em regiões de difícil acesso. / COM REUTERS
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