Lipedema: entenda a doença que acomete jornalista do ‘Mais Você’, da TV Globo

Condição vascular crônica atinge cerca de 12,3% das mulheres no Brasil

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Por Redação

A repórter Juliane Massaoka, do programa Mais Você, da TV Globo, revelou que descobriu sofrer de lipedema, uma doença crônica que altera a distribuição da gordura no corpo e gera o acúmulo nas pernas, no quadril e nos glúteos, principalmente.

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Em 2022, o lipedema foi reconhecido como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram registradas, de janeiro a abril de 2023, 102 cirurgias relacionadas ao tratamento dessa condição vascular crônica, que atinge cerca de 12,3% das mulheres no Brasil.

De acordo com especialistas, apesar de ser tão comum, o lipedema ainda é pouco diagnosticado. O lipedema pode ser confundido com a obesidade ou até mesmo com celulite. A demora no diagnóstico, inclusive, pode levar a complicações maiores devido à inflamação constante e aumento do tecido gorduroso.

Descoberta

Em setembro de 2022, Juliane Massaoka e e Ana Maria Braga provaram botas feitas com jeans, que estavam em alta nas redes sociais na época. A jornalista, porém, sentiu muito mais dificuldade de colocar os calçados do que a apresentadora.

Alertada por telespectadores nas redes sociais, a repórter decidiu consultar um médico e, então, foi diagnosticada com a doença.

As causas do lipedema ainda são desconhecidas, mas especialistas acreditam que a doença seja genética e hereditária. Geralmente os sintomas aparecem após grandes mudanças no nível dos hormônios femininos, motivo pelo qual a doença atinge principalmente mulheres. Essas alterações podem ocorrer na puberdade, na gravidez, durante terapias de reposição hormonal ou na menopausa.

O lipedema acaba provocando grande prejuízo à qualidade de vida dos pacientes devido aos problemas de circulação e de mobilidade. Há casos raros de pessoas em que o lipedema se desenvolve no abdômen, rosto e axilas.

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O tratamento é amplo e envolve especialistas vasculares, cirurgiões plásticos, nutricionistas, endocrinologistas, fisioterapeutas e psicólogos. A dieta precisa ser restritiva, aliada a uma rotina de exercícios de baixo impacto.

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