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Maiara faz tratamento de cabelo, mas não tem alopecia, diz a assessoria da cantora

Publicação da sertaneja nas redes sociais confundiu seguidores; irmã da artista, Maraísa, teve diagnóstico da doença em 2021

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Foto do author Renata Okumura
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A assessoria de imprensa da cantora Maiara, da dupla sertaneja Maiara & Maraísa, informou que a artista não tem alopecia, condição clínica que causa perda de cabelo. Uma publicação nas redes sociais da sertaneja causou confusão e muitos seguidores entenderam que ela tinha o mesmo problema de saúde da irmã gêmea, Maraísa, que descobriu a doença em 2021. Mas, ao Estadão, a assessoria de Maiara negou o diagnóstico.

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No vídeo, Maiara fala sobre a necessidade de manter os cabelos saudáveis e conta que está passando por um tratamento capilar. “Estou aqui com minha equipe de milhões. Eu uso mega, tem o método da microemborrachada, tem a fita, mas é muito importante você cuidar da saúde do cabelo. A gente está tomando vitaminas, fazendo as aplicações e fazendo os exames”, disse Maiara, ao lado de Domingos Sávio Coelho, dermatologista especialista em Tricologia e Restauração Capilar, e de Elisa Martins, especialista em megahair.

A alopecia é uma patologia na qual ocorre uma inflamação ao redor da raiz dos folículos capilares, levando à queda dos fios, considerada uma doença autoimune, em que o sistema imunológico do corpo, no caso, ataca os folículos do cabelo.

A cantora Maiara, da dupla sertaneja Maiara & Maraísa, recomenda atenção no cuidado com os cabelos. Na foto, gravação do DVD Ao Vivo em Portugal. Foto: Reprodução/Instagram/maiaraemaraisa

O problema leva à perda dos fios de cabelo que pode ser de origem genética, hormonal, por causa de estresse, alterações da tireoide e também dos macro e micronutrientes. Pode ser ainda por uma união de todos esses fatores juntos. Dependendo da gravidade, pode ser uma perda localizada ou total, afetando todo o corpo do paciente.

O que é alopecia?

É uma patologia na qual ocorre uma inflamação ao redor da raiz dos folículos capilares, levando à queda dos fios, considerada uma doença autoimune, em que o sistema imunológico do corpo, no caso, ataca os folículos do cabelo.

A alopecia representa a perda dos fios de cabelo que pode ser de origem genética, hormonal, por causa de estresse, alterações da tireoide e também dos macro e micronutrientes. Pode ser ainda por uma união de todos esses fatores juntos. Dependendo da gravidade, pode ser uma perda localizada ou total, afetando todo o corpo do paciente.

Quais as causas?

As causas são diversas. “No caso de causa genética, costumo falar que basta uma pessoa na família ter alopecia para passar a genética para todos os familiares. No caso do estresse, as alterações inflamatórias causadas pelo estresse levam a perda continua dos fios e a perda também de densidade. Já as alterações laboratoriais estão relacionadas com alterações de vitaminas D, ácido fólico, selênio, zinco, ferro, complexo B e tireoide”, afirma Luciana Passoni, médica dermatologista especialista em cabelos e transplante capilar.

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Quais os tipos de alopecia?

Os anticorpos do próprio paciente vão atrás do cabelo e matam o folículo piloso e ele perde o cabelo, no caso de causa imunológica.

“Pode ser ainda uma alopecia passageira, como em caso de covid-19, pós-parto ou amamentação que se chama eflúvio telógeno, ou seja, perda momentânea do cabelo com duração em torno de seis meses”, afirma José Roberto Fraga Filho, dermatologista da clínica Dermagynus.

Pode ser ainda, de acordo com o especialista, uma alopecia androgenética, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. “Neste caso, a pessoa vai perdendo a área central do cabelo, ficando com cabelo na lateral e atrás, mas perde a área central. Pode ser frequente em homens e também mulheres”, reforça o dermatologista.

Há ainda, de acordo com a Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde, a alopecia areata, conhecida popularmente como “pelada”, que é uma condição caracterizada por perda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas e barba, por exemplo). “Acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos”, acrescenta a biblioteca.

Em qual idade costuma aparecer? Atinge mais homens ou mulheres?

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Pode acometer desde crianças até pessoas mais velhas, embora seja mais frequente em adultos jovens, independentemente de serem homens ou mulheres. A dermatologista Luciana ressalta que a idade varia, em média, entre 12 anos e 50 anos.

Embora possa afetar pessoas de ambos os sexos, a calvície é uma condição que afeta mais os homens, pois a queda dos cabelos está diretamente associada à presença dos hormônios sexuais masculinos, de modo especial à presença da testosterona, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.

“As mulheres também produzem esse hormônio, mas em quantidade bem pequena. Por isso, entre elas, os casos de calvície são mais raros e, quando ocorrem, a perda é menos drástica”, afirma ainda a pasta.

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Como é feito o diagnóstico?

É feito por meio do exame clínico, na qual o médico faz uma prova de tração, puxando o cabelo do paciente e saem vários fios. “Também são importantes os exames laboratoriais, dosando hemograma, ferritina e tireoide, principalmente, que causas que levam à doença”, acrescenta Fraga Filho, dermatologista da clínica Dermagynus.

“Todos nós vamos ter uma alopecia em alguma fase de nossas vidas, que pode ser algo insignificativo, transitório ou mais grave e intenso. Para uma avaliação precisa, caso o paciente observe alguma queda mais excessiva, deve procurar o quanto antes um médico dermatologista”, orienta ele.

Como é o tratamento?

O tratamento para alopecia é multifatorial. “Pode tratar principalmente com vitaminas, aplicação tópica de produtos que fazem crescer o cabelo e não deixam ele cair, como no caso do Minoxidil que é usado em tratamentos. A pessoa pode fazer procedimentos como o Microinfusão de Medicamentos Percutâneo (MMP), em que as vitaminas são injetadas no couro cabeludo. E em casos mais graves, é feito o implante de cabelo”, diz Fraga Filho.

“Costumo dizer que o mais importante de tudo e manter dois tipos de medicações: a que não deixa o cabelo afinar e a que engrossa o fio. Por exemplo, Finasterida e Minoxidil, nesta ordem. Ou seja, hoje ninguém precisa ficar calvo mais, pois onde há cabelo a gente engrossa o cabelo e onde há folículo, a gente trata o folículo. E onde há morte de folículo, nós realocamos de outros locais (transplante capilar)”, acrescenta Luciana, que também cita outros tipos de terapias regenerativas, uso de laser, assim como radiofrequência microagulhada, que é uma tecnologia que atua estimulando o colágeno no organismo.

Veja quando procurar um dermatologista:

  • Os cabelos estão caindo mais depressa e em maior quantidade nos últimos meses, ou caem em tufos.
  • O couro cabeludo está vermelho, coça muito ou arde.
  • A oleosidade está muito acima do normal.
  • Os sinais de caspa aparecem nas roupas e nos fios.

Correções

Diferentemente do publicado na versão original da matéria, a cantora Maiara não tem alopecia

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