Máscara obrigatória em SP: Estado retoma exigência no metrô e no ônibus após alta da covid

Casos do coronavírus têm aumentado nas últimas semanas; além do uso da proteção facial, especialistas pedem que população atualize vacinação

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Por Redação
Atualização:

Diante da nova alta de casos de covid-19, o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo decidiram nesta quinta-feira, 24, retomar a obrigatoriedade de máscaras em ônibus, metrôs e trens a partir do próximo sábado, 26. A medida foi tomada por recomendação do comitê de especialistas que assessora o Executivo paulista na tomada de decisões sobre a pandemia.

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“Nas últimas semanas o Estado de São Paulo tem apresentado aumento expressivo na transmissão do Sars-Cov-2, que se reflete principalmente nos indicadores de internações por covid-19 em leitos de enfermaria e UTI, que nos últimos 14 dias mostram crescimento de 156% e 97,5%, respectivamente, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações”, diz a nota do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, pasta chefiada pelo infectologista David UIP.

O governo estadual diz recomendar que a medida seja adotada em todos os municípios. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a obrigatoriedade do uso da proteção facial em aviões e aeroportos.

Desde o início do mês, o País observa uma alta de casos alavancada por subvariantes da Ômicron, a BQ.1 e a BE.9, que aparentam ter perfil mais transmissível. Em boletim divulgado na quarta, 23, a Fiocruz alertou que 15 Estados brasileiros enfrentam recrudescimento de infecções. São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba observam o crescimento com maior intensidade.

A elevação no número de infecções se deu em todas regiões do País e dados de exames laboratoriais por idade mostram predominância principalmente na população adulta, acima de 60 anos, conforme o boletim da fundação.

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Atendimentos a casos suspeitos de covid-19 aumentaram em oito em cada dez hospitais privados de São Paulo nos últimos dias, mas a maioria dos pacientes não precisou ser internada, segundo levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp). Entre os hospitais, a maioria (39%) relatou alta de 21% a 30% nos atendimentos a pacientes com esse perfil.

Internações por covid em leitos de enfermaria e UTI somam crescimento de 156% e 97,5% em SP Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Frente ao aumento de casos, profissionais da saúde já orientavam a retomada do uso de máscara em locais fechados e/ou com aglomeração, principalmente àqueles mais vulneráveis à doença, como idosos, imunossuprimidos e quem está com a vacinação incompleta. Algumas universidades do Estado voltaram a recomendar o uso da proteção facial ainda na primeira quinzena do mês. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, voltaram a obrigar o uso de máscara em ambientes fechados, incluindo as salas de aulas.

Atualizar o esquema vacinal também era pedido dos especialistas. Os baixos níveis de vacinação de reforço preocupam, visto que, com o tempo, a imunidade cai e a pessoa fica menos protegida contra hospitalização e morte pela doença. Só o Estado de São Paulo acumulava 9 milhões de faltosos só para a terceira dose no início de novembro.

No dia 11, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, antecipou, em entrevista à Rádio Eldorado, que o uso de máscara em locais fechados poderia voltar a ser obrigatório no Estado, se o boletim epidemiológico demonstrasse que as internações, especialmente nas UTIs, estão aumentando progressivamente. “Nós estamos monitorando a situação e se ela se tornar mais grave, podemos voltar a decretar a obrigatoriedade das máscaras”, falou.

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