Média de mortes por covid-19 no Brasil bate 24º recorde consecutivo; País passa dos 295 mil óbitos

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.570 novas mortes pela doença, o que fez com que os óbitos dos últimos sete dias chegassem a 16.083, a maior marca para o período de uma semana desde o início da pandemia

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Foto do author Marco Antônio Carvalho

A média móvel diária de mortes por covid-19 no Brasil bateu novo recorde nesta segunda-feira, 22, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, chegando a 2.298. O número representa uma média dos registros dos últimos sete dias e é o mais alto de toda a pandemia pelo 24º dia seguido. O País chegou hoje aos 295.685 óbitos em decorrência da doença.

Os dados do consórcio formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL são reunidos junto às secretarias estaduais de Saúde. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.570 novas mortes pela doença, o que fez com que os óbitos dos últimos sete dias chegassem a 16.083, a maior marca para o período de uma semana desde o início da pandemia. O País tem hoje a maior marca de vítimas diárias pela covid-19 de todo o mundo.

Funcionários atendem paciente na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Foto: EFE/ Marcelo Oliveira

Os registros desta segunda-feira apontam 288 mortes no Rio Grande do Sul, 170 em Goiás e 125 na Bahia e em Mato Grosso. As cidades gaúchas estão vivenciando o aumento mais vertiginoso em mortes no País. Em São Paulo, foram 44 registros, o que pode representar um represamento de dados do fim de semana, podendo refletir em um número mais alto nesta terça-feira, 23. As cidades paulistas vivem o pior momento da pandemia e, segundo o governo, a média de mortes cresceu 35% em uma semana.

Quanto aos casos confirmados, o consórcio mostra 55.177 novos registros, totalizando 12.051.619. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 10.507.995 pessoas recuperadas da doença e 1.244.106 seguem em acompanhamento médico. O Estadão mostrou que os recuperados sofrem com sequelas da doença e lutam para voltar ao trabalho. 

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Sepultamento nesta segunda-feira no Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

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Com a crise, governadores avaliam que o Ministério da Saúde está acéfalo em meio ao processo de troca no comando decidido pelo presidente Jair Bolsonaro. Anunciado há uma semana como novo ministro, o médico Marcelo Queiroga ainda não teve sua nomeação oficializada e, portanto, ainda não responde pela pasta. Enquanto isso, o general Eduardo Pazuello segue como ministro no papel, mas cumprindo uma espécie de "aviso prévio" no cargo.

Bolsonaro pediu nesta segunda-feira, 22, que o foco dos ataques seja direcionado ao novo coronavírus, e não a seu governo. Ele repetiu que é contra a política de lockdown e apelou para que o vírus não seja alvo de "politização".

Consórcio de veículos de imprensa

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. /COLABOROU MATEUS VARGAS

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