CIDADE DO MÉXICO - O México já registrou 15 casos de infecção por zika vírus e começará uma campanha de conscientização, especialmente entre as grávidas, para combater o mosquito Aedes aegypti, disse nesta quinta-feira, 21, o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde do governo, Pablo Kuri.
O primeiro caso foi registrado em novembro e, até agora, foram detectados outros dez no Estado de Chiapas, no sudeste do país, quatro em Nuevo León, no norte, e um em Jalisco, no oeste, explicou Kuri.
O vírus, que causa preocupação no Brasil e começou a se propagar na América Latina, é transmitido pelo Aedes aegypti - o mesmo da dengue e da febre chikungunya. Apesar de ainda não confirmados, alguns estudos apontam que a zika pode ter transmissão perinatal (da mãe para o bebê) ou através de relações sexuais.
"Não há vacina e não há tratamento específico. A única forma é evitar ser picado pelo mosquito. Por isso a Secretaria de Saúde vai fazer uma campanha de conscientização com os cidadãos para que eles se protejam contra a doença", explicou o subsecretário.
A campanha, que será lançada nas próximas semanas, terá como alvo especialmente as mulheres grávidas, por causa do ocorrido no Brasil, onde foi registrada uma possível associação da infecção do vírus durante a gravidez com o nascimento de bebês com microcefalia.
No México, por enquanto, nenhum dos casos foi registrado em mulheres grávidas. Porém, as autoridades fizeram um alerta para que as pessoas que viajem ao Brasil e à Colômbia "tomem cuidado".
"O que vamos fazer é capacitar os médicos e reforçar que as grávidas que vivam nas regiões onde houver circulação do vírus que procurem as unidades de saúde para fazer consultas de pré-natal", disse o subsecretário.
O mosquito Aedes aegypti, segundo Kuri, não vive acima de 1.900 metros. Por isso, a capital do país, a Cidade do México, não será afetada pela doença.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) notificou que são 18 os países que confirmaram a circulação autóctone (transmissão dentro do próprio território) do zika vírus entre 2015 e 2016, entre eles Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Panamá, Porto Rico e Venezuela. /EFE
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.