Ministério da Saúde discutirá compra de vacinas com Pfizer, Johnson & Johnson e Rússia

Nesta semana, três imunizantes apresentaram mais de 90% de eficácia em análises preliminares; governo federal tem acordo com Universidade de Oxford

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BRASÍLIA - Após a divulgação de resultados preliminares positivos sobre o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, o Ministério da Saúde receberá representantes de farmacêuticas para discutir a compra dos imunizantes. 

O ministério acompanha 270 pesquisas sobre vacinas com a covid-19. Foto: Andreas Gebert/Reuters

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Segundo fontes da pasta, a primeira reunião será com a Pfizer, na terça-feira, 17. No dia seguinte, técnicos da pasta se encontram com representantes da Johnson & Johnson. Na quinta-feira, 19, está prevista agenda com desenvolvedores da vacina Sputnik V.

Esses três imunizantes apresentaram mais de 90% de eficácia contra o novo coronavírus, segundo análises preliminares divulgadas este mês. As vacinas estão em fase três de testes, em humanos, a mais avançada no desenvolvimento desse tipo de produto. 

Não há compromisso firmado pelo governo para a compra destes imunizantes.  O discurso no ministério é de que o governo comprará a primeira vacina segura que chegar ao mercado. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, chegou a vetar a compra da Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, pois quem lidera as tratativas para o acesso da droga no Brasil é o governador paulista João Doria (PSDB).

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Há estudos clínicos em andamento no Brasil relacionadas às vacinas da Pfizer e Johnson & Johnson, entre outras. A Sputnik V, porém, ainda não é testada no País.

Segundo fontes do ministério, a ideia é ouvir os valores e condições de acesso à vacina que as empresas oferecem. Uma dúvida no governo é sobre como garantir o armazenamento de vacinas que exigem temperaturas baixíssimas. Uma alternativa apresentada pela Pfizer é usar embalagens com gelo seco para manter os imunizantes refrigerados por mais dias. 

O ministério acompanha 270 pesquisas sobre vacinas com a covid-19. A aposta do governo, por enquanto, é no imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e o laboratório AstraZeneca. O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para comprar 100 milhões de doses desta vacina, além de equipar a Fiocruz para produção independente da droga.

Em outra frente de atuação para encontrar uma vacina, o Brasil espera receber doses para 10% da população por meio do consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O País investiu R$ 2,5 bilhões para entrar no consórcio.

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