BRASÍLIA - O Ministério da Saúde iniciou os estudos para incluir na campanha nacional de vacinação contra a gripe pessoas com 50 e 59 anos. Hoje, elas estão fora da estratégia. A mudança terá como ponto de partida a definição sobre a produção do imunizante, feita pelo Instituto Butantã. Pelo projeto inicial, a inclusão já passaria a valer a partir de 2019.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que a expectativa é de que no próximo ano o instituto amplie o quantitativo fabricado para 80 milhões de doses. "Se isso de fato se concretizar e houver possibilidade de concluir a remessa antes do período de campanha, poderemos incluir outro grupo", afirmou a coordenadora do Programa de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
Hoje a vacina é ofertada para pessoas com mais de 60 anos, crianças com mais de seis meses e menos de 5 anos, trabalhadores de saúde, professores, povos indígenas, gestantes, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias e pessoas privadas de liberdade.
Há dois grupos cotados para serem incluídos. Pessoas de 50 a 55 anos e crianças de 5 a 9 anos. Carla, no entanto, avalia que dificilmente ambos sejam incorporados na recomendação de vacina contra gripe de uma só vez. "Estaríamos falando de uma ampliação muito expressiva. Não haveria em um primeiro momento capacidade para atender esses dois públicos."
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Carla afirma que pessoas entre 50 e 59 anos representam, entre pessoas que atualmente não são atendidas na campanha de vacinação contra a gripe, o grupo que mais adoece. Por isso, ela avalia que esse é o grupo com maior potencial para ser incluído no programa.
Além da ampliação dos grupos atendidos pela campanha, há um projeto para se mudar a vacina ofertada. Hoje, ela é feita a partir dos três subtipos de vírus mais comuns de gripe que circularam no hemisfério norte durante o inverno anterior. O projeto é de que, em vez de três subtipos, ela seja feita com quatro subtipos. Daria, portanto, uma proteção mais abrangente.
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