A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento oficial na noite deste domingo, 7, para reforçar a importância de o País continuar a imunização contra o coronavírus, mesmo depois de a Organização Mundial da Saúde ter declarado na última sexta-feira o fim da emergência internacional de saúde pela doença. “Esta é a forma mais eficaz e segura de proteger nossa população. Precisamos estar unidos pela saúde, em defesa da vida”, disse.
“Infecções pelo vírus Sars-Cov-2 vão continuar e devemos manter cuidados. Portanto, sistemas de vigilância, diagnóstico, redes de assistência e vacinação precisam ser fortalecidos”, alertou a ministra. “Neste cenário, entende-se que o momento indica uma transição do modo de emergência para um enfrentamento continuado, como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas.”
Nísia também aproveitou o pronunciamento nas redes nacionais de rádio e televisão para condenar a forma como o governo Jair Bolsonaro (PL) onduziu o enfrentamento à pandemia e frisou que mais de 700 mil mortes foram registradas no País, mais de 10% do total mundial.
“O pior impacto foi a perda de tantas vidas e saber que muitas poderiam ter sido salvas. (...) Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência. Se fossem seguidas e cumpridas as obrigações de governante de proteger a população.”
A ministra também agradeceu o Instituto Butantan, a Fiocruz e a Anvisa pela produção e aprovação de vacinas contra o coronavírus. “Mesmo com todos os desmontes da ciência e tecnologia, nossas universidades e institutos de pesquisa não mediram esforços na busca de soluções”, disse ela, que dirigiu a Fiocruz ao longo da maior parte da crise sanitária.
Nísia agradeceu ainda os trabalhadores da saúde e “os governadores e prefeitos que não se deixaram levar pelo negacionismo” no enfrentamento da pandemia, além de defender o fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
“É hora também de aprendermos as lições dessa pandemia. (...) De nos prepararmos com programas consistentes para futuras epidemias e emergências sanitárias. De fortalecermos nossa capacidade científica e tecnológica e de superarmos as desigualdades sociais, que fazem com que a pandemia atinja de forma desigual aqueles em situação social de maior vulnerabilidade”, disse a ministra.
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