A empresa farmacêutica Moderna informou na terça-feira, 29, que sua vacina contra a covid-19, a mRNA-1273, "pode gerar anticorpos neutralizantes em idosos e adultos mais velhos em níveis comparáveis aos (que gera em) adultos jovens". Os resultados preliminares foram divulgados na revista científica The New England Journal of Medicine.
O diretor médico da empresa, Tal Zaks, explicou que essa análise provisória avaliou um programa de vacinação de fase 1 que inclui a inoculação de duas doses de mRNA-123. As injeções foram administradas com 28 dias de intervalo em 40 pacientes divididos em dois grupos - um com idade entre 56 e 70 anos e outro com mais de 71 anos.
"Dada a maior morbidade e mortalidade de covid-19 em adultos e idosos, esses dados nos dão otimismo em demonstrar a proteção do mRNA-1273 nesta população", acrescentou Zaks.
Alguns voluntários receberam doses de 25 microgramas (µg) e outros, 100 µg. A análise realizada um mês após a segunda aplicação revelou que foram gerados anticorpos neutralizantes mais elevados com a injeção de 100 µg. O farmacêutico ressalta que, em geral, as duas doses foram bem toleradas e não geraram efeitos colaterais graves.
A Moderna citou dores de cabeça, mialgia, calafrios e dor no local da aplicação como os mais comuns, "a maioria dos quais foram leves a moderadas em intensidade e duração limitada".
Porém, aponta que após a segunda vacinação “ocorreram dois eventos adversos sistêmicos graves”: febre em participante do grupo de 56 a 70 anos, que recebeu a dose de 25 µg, e fadiga em participante do grupo de mais de 70 anos, com 100 µg. Entretanto, a Moderna informou que eles não "revelaram nenhum padrão de preocupação".
Em julho, a farmacêutica norte-americana anunciou o início da fase 3 dos testes clínicos do imunizante, envolvendo 30 mil voluntários. De acordo com o CEO da companhia, Stephen Bancel, é possível descobrir a eficácia da vacina já em outubro. No entanto, ele considera que os resultados sobre a fase final sejam revelados apenas em novembro./ EFE
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