Sammy Basso, um italiano que sofria de síndrome de Hutchinson-Gilford, também conhecida como progeria, a doença do envelhecimento prematuro, morreu aos 28 anos, lamentaram neste domingo, 6, diversas figuras públicas, que celebraram a coragem com a qual ele enfrentou a doença.
Segundo os meios de comunicação italianos, Basso era a pessoa com a maior idade no mundo com essa doença, cuja expectativa de vida ao nascer é de cerca de 14 anos. Basso faleceu na noite de sábado, 5, após passar mal enquanto jantava com amigos em um restaurante, segundo a imprensa local.
“Sammy Basso foi um exemplo extraordinário de coragem, fé e espírito positivo. Enfrentou cada desafio com um sorriso, mostrando que a força da alma pode superar todos os obstáculos”, escreveu no X (antigo Twitter) a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. “Seu compromisso com a pesquisa sobre a progeria e sua capacidade de inspirar os outros continuarão sendo um exemplo a ser seguido para sempre”, acrescentou.
Nascido em 1º de dezembro de 1995, no norte da Itália, Basso fez estudos universitários em Pádua e, em 2021, se especializou em biologia molecular com uma tese que buscava esclarecer a relação entre a inflamação e a progeria, segundo o jornal La Repubblica. Ele era ativo nas redes sociais e tinha mais de 70 mil seguidores no Instagram.
O que é a doença do envelhecimento precoce?
A progeria é uma doença genética muito rara que afeta uma pessoa em cada 8 milhões de nascimentos, de acordo com a Associação Italiana de Progéria Sammy Basso APS Onlus, fundada por Basso.
De acordo com The Progeria Handbook, da associação de Basso, a maioria dos bebês com progeria nasce aparentando ser completamente saudáveis. Eles começam a apresentar algumas características da doença no primeiro ano de vida.
Leia também
“Um dos primeiros sinais é a rigidez ou protuberância da pele na área abdominal e/ou nas coxas. Outros sinais incluem falha no crescimento, perda de gordura corporal e cabelo, mudanças na pele, rigidez nas articulações, luxação do quadril, aterosclerose generalizada, doenças cardiovasculares e derrame”, diz o documento.
Sem tratamento, os pacientes morrem em decorrência de aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes das artérias), com uma idade média de 14,5 anos. Segundo a associação, atualmente existem apenas 130 casos de progeria clássica reconhecidos no mundo. O número, destaca, é subestimado, pois muitas vezes é difícil rastrear os casos./COM AFP
Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.