As mortes pelo novo coronavírus na China aumentaram para 41 e o número de infectados já chega a 1.287, segundo novo balanço divulgado pela TV estatal chinesa na noite desta sexta-feira, 24. A maioria dos registros segue concentrada em Wuhan, na província de Hubei, onde o surto começou.
O aumento de casos ocorre no mesmo dia que a doença chegou à Europa, com três casos confirmados na França, de acordo com o Ministério da Saúde do país.
O último país a confirmar um caso da doença foi a Malásia. O país é o primeiro do sudeste da Ásia a confirmar infecções por coronavírus. O ministro da Saúde, Dzulkefly Ahmad, disse que os três indivíduos infectados estavam relacionados ao homem de 66 anos que foi confirmado pelas autoridades de saúde de Cingapura como positivo para o vírus.
No fim da noite de sexta-feira, a Austrália também confirmou seu primeiro caso de coronavírus. O paciente australiano é do estado de Victoria e a novidade foi anunciada no momento em que o governo pede aos cidadãos australianos que não viajem para a província de Hubei, na China, epicentro do surto.
Com isso, além da China, onde o surto começou, já são 12 os países com casos da doença confirmados: França, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Taiwan, Nepal, Tailândia, Austrália e, agora, Malásia. Nos EUA, dois casos já foram confirmados e mais de 60 registros suspeitos estão em investigação.
No Brasil, o Ministério da Saúde colocou o País em alerta para o risco de transmissão docoronavírus, mesmo sem nenhum caso suspeito em território nacional. Profissionais de saúde e hospitais já estão sendo orientados de como agir caso o vírus chegue. O ministério descartou os cinco casos suspeitos que foram notificados por não se enquadrarem na definição estabelecida pela OMS.
Para ser classificado como caso suspeito, o paciente precisa apresentar os sintomas da doença (febre, tosse e dificuldade para respirar) e ter histórico de viagem para a região chinesa onde há surto.
A Secretaria da Saúde de São Paulo anunciou um plano para o monitoramento e resposta de casos suspeitos. A mobilização vai englobar os principais hospitais de referência, como Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital das Clínicas, e profissionais estão sendo treinados para fazer a detecção e notificação de possíveis casos da doença. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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