![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/WYIGDWWVGBNZLOK74AVMMPALIY.jpg?quality=80&auth=d5b6f55530067668e9021d06caef67c710ab28bea970472ca43f9f855b587415&width=450&height=380&focal=0,0 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/WYIGDWWVGBNZLOK74AVMMPALIY.jpg?quality=80&auth=d5b6f55530067668e9021d06caef67c710ab28bea970472ca43f9f855b587415&width=450&height=495&focal=0,0 1323w)
Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, comemorou, na manhã desta segunda-feira, 2, o anúncio do prêmio Nobel de Medicina concedido à bioquímica húngara Katalin Karikó e ao imunologista americano Drew Weissman.
Leia também
Ambos desenvolveram a tecnologia que permitiu o desenvolvimento de vacinas altamente eficazes anticovid em tempo recorde. A plataforma de RNAm desenvolvida pela dupla não apenas se revelou extremamente eficiente nos imunizantes contra o novo coronavírus, mas apontou para o futuro da produção de imunizantes.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/75WG4O4CHBMWHLAB6FSDAEWFYI.jpg?quality=80&auth=fe314981fdd9246545c120cf695ede55e1e32520928c51e2e7334795c4e8a3d2&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/75WG4O4CHBMWHLAB6FSDAEWFYI.jpg?quality=80&auth=fe314981fdd9246545c120cf695ede55e1e32520928c51e2e7334795c4e8a3d2&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/75WG4O4CHBMWHLAB6FSDAEWFYI.jpg?quality=80&auth=fe314981fdd9246545c120cf695ede55e1e32520928c51e2e7334795c4e8a3d2&width=1200 1322w)
“A tendência é que as vacinas tradicionais sejam substituídas pelas vacinas de RNAm”, afirmou Margareth, que também foi figura-chave no combate à pandemia no Brasil. “Além disso, já está claro que a tecnologia poderá ser usada também em toda uma classe de medicamentos, sobretudo na área oncológica. Não há dúvidas de que essa é uma plataforma que olha para o futuro.”
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/4VIDK3GMYRCUDJOVBCQW4SD7ZA.jpg?quality=80&auth=14fa9f2ffa5d560e36f2b9e62a7f9581c9ff4be1b1545543e11f86ea3f1c6388&width=329 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/4VIDK3GMYRCUDJOVBCQW4SD7ZA.jpg?quality=80&auth=14fa9f2ffa5d560e36f2b9e62a7f9581c9ff4be1b1545543e11f86ea3f1c6388&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/4VIDK3GMYRCUDJOVBCQW4SD7ZA.jpg?quality=80&auth=14fa9f2ffa5d560e36f2b9e62a7f9581c9ff4be1b1545543e11f86ea3f1c6388&width=938 1322w)
Como a senhora avalia o Nobel entregue a pesquisadores que tiveram papel fundamental na pandemia?
Essa outorga foi crucial não apenas pela importância do feito, mas também pela oportunidade. É muito raro um laureado não demorar anos para ser reconhecido, ter esse reconhecimento ainda à luz dos fatos.
Por que o desenvolvimento da plataforma de RNAm foi tão importante no combate à covid-19?
Era uma plataforma que vinha sendo trabalhada há três décadas. Por isso, num período relativamente curto de tempo, sem que nenhuma etapa fosse ultrapassada, foi possível desenvolver um imunizante moderno e eficiente contra a covid-19. Trata-se de uma plataforma cara, complexa, que exige uma infraestrutura de fabricação complicada, mas cujo custo-benefício é muito positivo. Tem menos efeitos adversos e pode ser usada numa grande variedade de vacinas e também medicamentos.
É a tecnologia do futuro no que diz respeito a vacinas?
Sim, será a plataforma para todas as novas vacinas contra a Covid-19 e também para outras enfermidades. A tendência é de que as vacinas tradicionais sejam substituídas pelas vacinas de RNAm. Além disso, já está claro que a tecnologia poderá ser usada também em toda uma classe de medicamentos, sobretudo na área oncológica. Não há dúvidas de que essa é uma plataforma que olha para o futuro.