O que é câncer de pâncreas, doença que acomete o pai do influenciador Carlinhos Maia?

Tumor pode ser silencioso, como no caso de Virgílio Maia, que não chegou a sentir dores ou outra alteração no corpo

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Por Beatriz Bulhões

O humorista Carlinhos Maia compartilhou com os seguidores que seu pai, Virgílio Maia, está com câncer no pâncreas. O caso foi descoberto no início, o paciente já está fazendo quimioterapia e irá passar por uma cirurgia.

“Sabe aquela certeza de que ele vai ficar bem? Ele vai fazer uma cirurgia agora. Eu peço para todo mundo que me segue que mande toda a energia positiva do mundo”, pediu o influenciador alagoano.

Carlinhos Maia e seu pai, Virgílio Foto: Reprodução | Instagram @carlinhos

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Segundo Túlio Pfiffer, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, as cirurgias desse tipo de câncer costumam retirar cerca de um terço do órgão. Dessa forma, a parte restante consegue continuar exercendo as duas funções principais: a endócrina, de produzir insulina para controlar os níveis de açúcar no sangue, e a exócrina, produzindo enzimas digestivas que ajudam a quebrar os alimentos em nutrientes.

“Às vezes, o tumor está enraizado, envolvendo os vasos de tal forma que ele fica espalhado. Nesse caso mais grave, não cabe uma cirurgia”, explica. O tratamento nessas situações pode ser feito com radioterapia ou quimioterapia.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pâncreas ocupa a 14ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes, correspondendo a 1% de todos os casos diagnosticados e 5% do total de mortes causadas pela doença.

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Os casos fatais estão ligados principalmente à demora no diagnóstico. O influenciador explicou que uma prima faleceu em decorrência do câncer de pâncreas, mas seu pai descobriu em um exame de rotina, antes de apresentar qualquer dor ou outro sintoma. “Graças a Deus não se espalhou. Justamente porque foi descoberto no início”, contou Carlinhos.

Dados do Inca apontam que a maioria dos casos afeta o lado direito do órgão, também conhecido como “cabeça”. Pfiffer explica que, quando o tumor está na cabeça do pâncreas, ele fecha a vesícula biliar, causando um acúmulo de bilirrubinas, que seguem sendo produzidas no fígado sem conseguir chegar à vesícula.

Nesses casos, um dos principais sintomas é a urina escura, numa coloração preta ou amarronzada. Esse acúmulo de bilirrubina no sangue, também chamado de icterícia, deixa a pele mais amarelada e as fezes mais claras ou acinzentadas.

“Caso o paciente perceba algum desses sinais, ele precisa procurar um especialista e fazer um exame de imagem, preferencialmente uma tomografia”, enfatiza. A suspeita da doença também pode surgir a partir de outras questões, como quando o médico nota um aumento da vesícula biliar ou do fígado.

Há ainda sintomas que são mais silenciosos e que podem ser negligenciados. O oncologista relata ser comum o paciente apresentar perda de apetite, emagrecimento e dores que geralmente começam nas costas e podem avançar como uma faixa para a parte de frente do corpo. “Quanto mais no início for detectada a doença, melhor a chance de tratamento”, aconselha, reforçando a importância dos exames de rotina.

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