O que é neurite óptica? Doença rara nos olhos afeta ator Felipe Simas

Nos casos mais graves, inflamação pode levar à perda permanente da visão; confira possíveis causas e tratamentos

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Foto do author Lara Castelo

O ator Felipe Simas contou em suas redes sociais nesta segunda-feira, 29, que foi diagnosticado com neurite óptica, uma inflamação rara do nervo óptico (responsável por transmitir informações dos olhos para o cérebro).

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De acordo com o ator, essa condição pode ser um sintoma da doença do espectro da neuromielite óptica (NMOSD) — condição autoimune rara que afeta o sistema nervoso central, em especial o nervo óptico e a medula espinhal.

Ele conta que sentiu um desconforto no olho e percebeu a visão embaçada, mas achou que era cansaço ou algo que teria entrado em contato com a região. Como o quadro persistiu, o ator buscou ajuda médica e acabou sendo diagnosticado com neurite óptica.

O ator Felipe Simas foi diagnosticado com neurite óptica, uma inflamação rara do nervo óptico. Foto: Lucas Teixeira / TV Globo

O que é neurite óptica?

É um quadro caracterizado pela inflamação do nervo óptico, o que pode resultar em sintomas como visão turva, perda de visão central ou periférica, dor nos olhos e sensibilidade à luz, de acordo com a oftalmologista Daniella Fairbanks, do Hospital São Luiz Itaim e Vila Nova Star, da Rede D’Or, em São Paulo.

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O que causa a neurite óptica?

Segundo a especialista, essa condição pode ser causada por diversos fatores, como infecções virais, a exemplo da varicela-zoster, herpes simplex e Epstein-Barr, e doenças autoimunes, como esclerose múltipla (EM), neuromielite óptica (NMO) e lúpus eritematoso sistêmico (LES).

Daniella pontua ainda que a neurite óptica pode resultar de um desdobramento da toxoplasmose, doença causada por um protozoário. “Isso acontece se a infecção atingir o nervo óptico”, descreve.

Qual a gravidade da neurite óptica?

Varia. Pode levar a quadros leves, sem grandes consequências, até os mais graves, nos quais há perda permanente da visão, segundo a oftalmologista.

“Para evitar esse desfecho, é fundamental obter o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes”, orienta.

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Qual o tratamento?

Depende do que está por trás do quadro.

Se a inflamação estiver associada a doenças autoimunes, o tratamento costuma envolver o uso de corticosteróides (anti-inflamatórios hormonais) e, eventualmente, terapias imunossupressoras, de acordo com Daniella.

Agora, quando a condição é causada por doenças infecciosas, o cuidado envolve o uso de medicamentos específicos para combater o agente infeccioso, como antibióticos e antivirais.

Sobre o tratamento, a especialista destaca ainda a importância de contar com uma equipe multidisciplinar. “O oftalmologista não deve atuar sozinho nesses casos, mas em conjunto com um neurologista ou reumatologista”, orienta.

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Como prevenir o quadro?

Não há uma prevenção específica em relação à doença. Mas, de acordo com a especialista, manter um estilo de vida saudável e prestar atenção em condições autoimunes podem ajudar.

Além disso, ela destaca que a vacinação, em especial a contra herpes zóster, pode ser uma ferramenta importante de prevenção contra infecções virais potencialmente causadoras do quadro.

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