OMS não recomenda o uso de ivermectina por pacientes com covid-19

Entidade diz que evidências sobre o uso do medicamento são ‘inconclusivas’ e que ele só deve ser usado no âmbito de estudos clínicos

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quarta-feira, 31, uma nota desaconselhando o uso da ivermectina por pacientes com covid-19. A entidade disse que as evidências sobre o uso do medicamento no tratamento da covid-19 são “inconclusivas” e que o remédio só deve ser usado dentro de estudos clínicos.

A recomendação se aplica a pacientes com covid-19 em qualquer grau de severidade da doença e agora faz parte das diretrizes da OMS sobre tratamentos para a doença. 

A Organização Mundial da Saúde desaconselhao uso da ivermectina por pacientes com covid-19 Foto: REUTERS/Benoit Tessier

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A entidade disse que um painel internacional independente de especialistas foi designado para desenvolver diretrizes acerca do remédio “em resposta ao aumento da atenção internacional sobre a ivermectina como um tratamento potencial para covid-19.”

A nota da OMS informa que o grupo revisou dados de 16 ensaios clínicos randomizados, totalizando 2.407 pacientes com covid-19 internados ou em cuidados ambulatoriais. A conclusão é que as evidências sobre os benefícios da ivermectina são de “certeza muito baixa” porque os estudos são pequenos e há limitações metodológicas dos dados de ensaios disponíveis. 

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O painel não analisou o uso de ivermectina como forma de prevenção à covid-19 e a OMS informou que esse uso não está listado em suas diretrizes de combate ao coronavírus. Na nota, a entidade ainda reforça que há uma “forte recomendação” contra o uso de hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da covid. 

Na semana passada, o Estadão mostrou que pelo menos três pacientes morreram por hepatite medicamentosa causada pelo kit covid, que inclui ivermectina e cloroquina e não tem eficácia comprovada contra a doença. Outros cinco estão na fila do transplante de fígado. Hemorragias, insuficiência renal e arritmias também estão sendo observadas por profissionais de saúde entre pessoas que fizeram uso desse grupo de drogas.

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