Pandemia deve permanecer em ‘níveis preocupantes’ nas próximas semanas, diz Fiocruz 

Pesquisadores apontam 'êxitos localizados' das medidas restritivas e perigo de flexibilização 

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RIO - Após registrar números recordes de mortes e de contaminados pela covid-19, o Brasil deve continuar a ver “níveis preocupantes” da pandemia até o fim de abril. Segundo o Boletim Extraordinário da Fiocruz, o vírus permanece em “circulação intensa no País". 

Na semana entre os dias 4 e 10 deste mês, a tendência de alta se manteve, e o Brasil registrou média recorde de mortes (3.020 por dia) e de novos casos (70,2 mil diários). Outro ponto destacado pela Fiocruz é a sobrecarga dos hospitais, que continua grave. 

Internadosem hospital de campanha de São Paulo, em 2021; com Ômicron, internações voltam a crescer em ao menos 13 Estados, mas não se compara ao verificado durante o pico da covid no primeiro semestre do ano passado Foto: Taba Benedicto/Estadão

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O Estado com mais resultados positivos quanto à ocupação de leitos de UTI foi o Maranhão, que está com 78% e saiu da zona de alerta crítico - passou para o intermediário. Outros lugares, como Pará (de 87% para 82%),Amapá (de 91% para 84%), Tocantins (de 95% para 90%), Paraíba (de 77% para 70%) e São Paulo (de 91% para 86%) se destacaram nesse sentido. 

Os pesquisadores ressaltam que as medidas restritivas das últimas semanas têm começado a indicar “êxitos localizados”, apesar de ainda não terem diminuído o número de mortes e a demanda hospitalar. É importante, dizem, não flexibilizar. 

“A flexibilização de medidas restritivas pode ter como consequência a aceleração do ritmo de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas”, alertam. 

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