RIO - Após registrar números recordes de mortes e de contaminados pela covid-19, o Brasil deve continuar a ver “níveis preocupantes” da pandemia até o fim de abril. Segundo o Boletim Extraordinário da Fiocruz, o vírus permanece em “circulação intensa no País".
Na semana entre os dias 4 e 10 deste mês, a tendência de alta se manteve, e o Brasil registrou média recorde de mortes (3.020 por dia) e de novos casos (70,2 mil diários). Outro ponto destacado pela Fiocruz é a sobrecarga dos hospitais, que continua grave.
O Estado com mais resultados positivos quanto à ocupação de leitos de UTI foi o Maranhão, que está com 78% e saiu da zona de alerta crítico - passou para o intermediário. Outros lugares, como Pará (de 87% para 82%),Amapá (de 91% para 84%), Tocantins (de 95% para 90%), Paraíba (de 77% para 70%) e São Paulo (de 91% para 86%) se destacaram nesse sentido.
Os pesquisadores ressaltam que as medidas restritivas das últimas semanas têm começado a indicar “êxitos localizados”, apesar de ainda não terem diminuído o número de mortes e a demanda hospitalar. É importante, dizem, não flexibilizar.
“A flexibilização de medidas restritivas pode ter como consequência a aceleração do ritmo de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas”, alertam.
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