Pessoas que perderam células do hipocampo têm mais probabilidade de sofrer do mal de Alzheimer, segundo uma pesquisa divulgada pela revista americana Neurology. Uma equipe de cientistas do Centro Universitário Médico de Amsterdã chegou a esta conclusão após estudar o cérebro de 142 pessoas.
Entre os 142 pacientes envolvidos na pesquisa, 64 sofriam do mal de Alzheimer, 44 apresentavam problemas de cognição leve (perda de memória anterior à doença) e 34 não tinham nenhum problema de memória ou perda de consciência.
A conclusão foi tomada após os médicos analisarem imagens de ressonância magnética dos cérebros dos participantes. As imagens foram feitas no começo da pesquisa e um ano e meio depois. Os médicos mediram o volume global do cérebro e do hipocampo, que é a zona cerebral afetada pelo mal de Alzheimer. Após a análise, a equipe calculou a taxa de contração cerebral durante o estudo.
Durante o tempo de estudo, 23 pessoas com perda de capacidade cognitiva média desenvolveram o mal de Alzheimer, contra três pacientes sem a perda das células do hipocampo.
As pessoas com menor volume de hipocampo e maior taxa de contração cerebral têm quatro vezes mais probabilidade de desenvolver a doença em relação aos que apresentam maior volume e taxa de atrofia cerebral mais lenta.
Nos 66 pacientes com mal de Alzheimer, a perda de células nervosas estava mais generalizada em toda a área cerebral.
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