Pipoca é lanche saudável se preparada corretamente; veja os benefícios e como fazer

Rica em fibras, antioxidantes e nutrientes, ela oferece diversos benefícios ao organismo, além de não pesar na balança se for feita da maneira correta

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Por Thais Szegö
Atualização:

Ela tem presença praticamente garantida no cinema, na hora de assistir televisão em casa e em festinhas infantis, entre outros tantos programas, mas é na época das festas juninas (e julinas) que a pipoca estoura para valer por aí. Além de deixar esses momentos muito mais gostosos, o alimento, que é basicamente formado pelo próprio milho, ainda faz muito bem à saúde.

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O grande destaque são as fibras encontradas no snack. “Ele é fonte de 18% da recomendação diária dessa substância que auxilia no funcionamento e na saúde do intestino”, conta a nutricionista Vania Konopa, especialista em saúde da família e atenção primária pelo Hospital Sírio-Libanês.

Mas é importante que fique claro que esse efeito só acontece com a ingestão de líquido. Do contrário, o bolo fecal, que está mais volumoso por causa das fibras, fica ressecado, o que dificulta a sua saída do organismo, podendo provocar prisão de ventre.

“As fibras ainda auxiliam no controle do açúcar do sangue, evitando doenças como a diabetes do tipo 2, na redução do risco de doenças cardíacas e no equilíbrio das taxas do colesterol”, acrescenta o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrologia (Abran) e fellow da Sociedade Americana de Obesidade.

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Pipoca é rica em fibras e pode ajudar no controle do açúcar e colesterol Foto: chamillew/Adobe Stock

E os atributos das fibras vão além: elas aumentam a sensação de saciedade, favorecendo o emagrecimento. Foi exatamente o que você leu: ao contrário do que muita gente pensa, a delícia não compromete a dieta, muito pelo contrário. “Além da ação das fibras que inibem a liberação do hormônio da fome, a pipoca tem baixo teor de gorduras saturadas e é pouco calórica, 30 gramas de milho estourado equivalem a aproximadamente 160 calorias”, conta Filho.

A pipoca também é uma arma potente contra a ação danosa dos radicais livres no organismo. “Isso porque ela é rica em polifenóis, substâncias com poderosa ação antioxidante que combatem o envelhecimento precoce das células e diminuem o risco de doenças cardíacas”, explica Vania.

O alimento conta ainda com outro tipo de antioxidante: os carotenoides, substâncias que, além de agirem contra os radicais livres, no corpo são convertidas em vitamina A, nutriente que protege a saúde dos olhos e dá um gás no sistema imunológico.

Além disso, o efeito antioxidante previne o surgimento de doenças crônicas, inclusive câncer, favorece a saúde cerebral e interfere na produção de colágeno, melhorando a integridade da pele. Estudos já demonstraram, inclusive, que o lanche proveniente do milho pode oferecer uma dose maior de algumas substâncias antioxidantes do que uma porção de frutas e verduras. A explicação está na sua quantidade muito menor de água do que dos vegetais, o que faz com que essas substâncias fiquem mais concentradas.

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E a lista de benefícios oferecidos pela delícia vai além: ela é fonte de vitaminas do complexo B que participa de diversas funções no organismo. “A B1 e a B3 são essenciais para a conversão dos alimentos em energia, já a B6 é fonte de serotonina, substância que ajuda na sensação de bem-estar e relaxamento e melhora o humor”, diz Filho. “E esse grupo de micronutrientes ainda estimula o bom funcionamento dos sistemas nervoso, imunológico e digestivo e mantém a pele, as unhas e os cabelos saudáveis”, diz Filho.

Vale chamar atenção ainda para a vitamina E, que tem ação antioxidante e anti-inflamatória; o manganês, que faz bem para o cérebro; o magnésio, que ajuda na regularidade dos batimentos cardíacos e no fortalecimento dos ossos; o ferro, que é essencial para o transporte de oxigênio pelo corpo e para a saúde muscular; o fósforo, vital para os processos de crescimento e manutenção dos ossos e dentes, e o zinco, que melhora o funcionamento do sistema imunológico, a cicatrização de feridas e as funções cerebrais.

Quem sofre com alguns distúrbios digestivos, como síndrome do intestino irritável ou diverticulite, deve tomar cuidado, pois a grande quantidade de fibras da pipoca e as partes mais duras do grão, que são difíceis de digerir, podem causar desconforto”, alerta o nutrólogo. Já as crianças só podem começar a comer o snack após os quatro anos de idade por causa do risco de engasgo. Mesmo após essa idade, os pais devem ficar atentos e evitar que elas estejam correndo ou brincando enquanto comem.

Cuidados na hora do preparo

Para obter apenas benefícios com a pipoca, é preciso ter atenção na hora de fazer o alimento. Prefira a versão na panela com apenas um fio de óleo. As de micro-ondas costumam ter muita gordura e sódio. Quem não abre mão da praticidade, pode colocar os grãos de milho em um saco de pão e deixar por 5 minutos dentro do eletrodoméstico ou até os grãos estourarem por completo, quando o tempo entre o barulho de um estouro e outro fica maior.

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Também é possível fazer esse processo em um recipiente de vidro, adicionando uma colher de sopa de água para cada colher de sopa de milho, e cobrindo-o com papel filme com quatro furinhos. As pipoqueiras de silicone próprias para micro-ondas também são boas opções. “Na hora de temperar, nada de pesar a mão no saleiro. Para facilitar nesse processo e deixar o lanche ainda mais gostoso, é interessante usar ervas naturais para temperá-lo, como orégano, manjericão e alho”, indica Vania.

A quantidade a ser ingerida também é um ponto importante. A pipoca pode entrar no cardápio diário, mas o consumo deve ficar restrito a 20 gramas, o que equivale a uma xícara e meia.

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