SOROCABA – Depois de proibir a atracagem de navios de cruzeiro, a prefeitura de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, baixou decreto impedindo a entrada de carros com turistas e pedestres pelo sistema de balsas que atende a ilha. A medida vale a partir da zero hora da meia-noite desta quinta-feira, 19.
Só vão poder usar as balsas veículos de emergência, como ambulâncias e transporte de pacientes, veículos oficiais e de serviços essenciais, como abastecimento, limpeza e segurança pública. Carros com placa de São Sebastião passam se transportarem pessoas que moram ou trabalham em Ilhabela. O serviço de catamarã para pedestres só levará moradores e trabalhadores. A medida vale por dez dias, mas pode ser prorrogada.
Um dos principais destinos turísticos do Estado, Ilhabela tem 32,5 mil habitantes, mas recebe até 150 mil visitantes no verão.A prefeita Maria das Graças Ferreira, a Gracinha (PSD), que decretou também situação de emergência sanitária, disse que a medida se destina à proteção dos moradores locais e dos veranistas da propagação do coronavírus. A cidade tem 15 casos suspeitos, mas nenhum confirmado.
Em outro decreto, ela determinou o fechamento da Prefeitura e repartições municipais para o atendimento público e dilatou os prazos processuais administrativos. A medida entra em vigor nesta quinta, 19. Só permanecem funcionando os serviços urbanos essenciais e de saúde.
A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), que opera o serviço de balsas, informou que irá respeitar os decretos que foram editados pela prefeitura de Ilhabela. “Dessa forma, será limitado o acesso às balsas, a princípio, a veículos oficiais, veículos de emergência como ambulâncias, veículos destinados a serviços essenciais e veículos com placas de Ilhabela e São Sebastião, desde que sejam moradores ou trabalhadores”, disse em nota.
HOTÉIS FECHAM
Em São Sebastião, cidade continental vizinha à Ilhabela, um decreto da prefeitura determina o fechamento de hotéis, pousadas, hostels, bares e restaurantes a partir de segunda-feira, 23. A medida atinge os bairros de praias como as de Maresias e Boiçucanga. A prefeitura recomendou que as plataformas de reserva online suspendam as locações na cidade. Empresários se mobilizam para pedir à Prefeitura isenção de impostos durante o período de fechamento.
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