A prefeitura de Piracicaba informou nesta segunda-feira, 30, que a cidade registrou a primeira morte em São Paulo causada pela variante Delta do novo coronavírus. Segundo a Secretaria de Saúde do município, a vítima é uma mulher de 74 anos, com comorbidade e que já estava vacinada com duas doses da vacina Coronavac. O caso foi reportado à Secretaria de Estado da Saúde, que informou estar investigando os detalhes.
Conforme apontado por especialistas ouvidos em julho pelo Estadão, o principal benefício dos imunizantes é evitar que a covid-19 evolua para quadros graves, mas mesmo quem já foi vacinado pode ser infectado e transmitir a doença. Entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos, também há risco, ainda que pequeno, de que a infecção evolua para quadros graves ou óbito.
Em nota, o governo de São Paulo informou que a análise partiu da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), e que a morte relacionada à variante Delta foi reportada à Secretaria de Estado da Saúde nesta terça-feira, 31. Segundo a pasta, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) “está investigando os detalhes”.
Além do caso que resultou na morte em Piracicaba, outros cinco diagnósticos positivos da variante Delta foram confirmados pela Vigilância Epidemiológica do município na última segunda-feira, 23. Tratam-se de dois homens e três mulheres, com idades entre 10 e 52 anos, que estão sendo monitorados por equipes da prefeitura.
Para conter o avanço da variante, a Secretaria de Saúde de Piracicaba pede que a população evite aglomerações e siga tomando cuidados como uso de máscara e de álcool em gel. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo tem 757 casos confirmados da variante Delta.
Delta já corresponde a mais de 80% das amostras analisadas no Rio
A variante Delta já é causadora de 86% dos casos de covid-19 no Rio de Janeiro, segundo mapeamento da Rede Corona-Ômica de vigilância genômica do novo coronavírus no Estado. Em junho, os casos de Delta eram apenas 6%. No mês seguinte, saltaram para 48%; agora, são maioria absoluta.
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