O Reino Unido se tornou nesta quarta-feira, 2, o primeiro país do Ocidente a aprovar o uso de uma vacina contra covid-19. Cerca de 800 mil doses do imunizante da farmacêutica Pfizer e da empresa de biotecnologia BioNTech já estarão disponíveis para a população na próxima semana, de acordo com as autoridades britânicas.
Segundo o Departamento de Saúde e Cuidado Social do Reino Unido, a decisão de aprovar a vacina "acontece após meses de testes clínicos rigorosos e análise completa dos dados". O painel de especialistas da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde concluiu que a vacina atendeu aos padrões de segurança e eficácia necessários para a aprovação. Os resultados dos testes massivos da vacina da Pfizer/BioNTech mostraram uma eficácia de 95% e não foram registrados efeitos colaterais graves entre os participantes.
"O NHS (sistema nacional de saúde) está pronto para começar a vacinar a partir da próxima semana", disse Matt Hancock, ministro da Saúde do Reino Unido. Entre os grupos prioritários para receber a vacina estão idosos, profissionais de saúde e cidadãos considerados de grupo de risco. O Comitê de Vacinação e Imunização deve publicar mais detalhes sobre as fases da vacinação ao longo do dia.
A vacina é administrada em duas doses com intervalo de 21 dias. O país já adquiriu 40 milhões de doses, quantidade capaz de imunizar 20 milhões de pessoas.
"O Reino Unido é o primeiro país do mundo a ter uma vacina clinicamente aprovada", disse o ministro Matt Hancock, em uma mensagem no Twitter.
"A autorização (...) no Reino Unido marca um momento histórico na luta contra a covid-19", disse Albert Bourla, presidente da Pzifer. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) diz que realizará uma reunião extraordinária no dia 29 de dezembro, "no mais tardar", para dar a sua aprovação ou não a esta vacina Pzifer e BioNTech.
A autorização foi comemorada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que reafirmou as palavras de Hancock sobre a disponibilização da vacina a partir da próxima semana no Reino Unido. "A vacina começará a ser disponibilizada em todo o Reino Unido a partir da próxima semana. É a proteção das vacinas que nos permitirá, em última análise, recuperar nossas vidas e fazer a economia andar novamente", escreveu./Com AFP e Washington Post
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