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Saúde lança campanha de multivacinação para crianças e adolescentes e aposta em Zé Gotinha nas redes

Pela primeira vez, equipes do ministério percorrerão o Brasil inteiro para ajustar estratégia de vacinação com gestores e lideranças locais

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Por Redação
Atualização:

O Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira, 10, um “novo momento” da Campanha de Multivacinação para crianças e adolescentes até os 15 anos de idade. A ação para atualizar o calendário vacinal na faixa etária agora ocorre em todo o País.

Para retomar as altas coberturas vacinais, a pasta apostou em perfis do Zé Gotinha em três redes sociais (Instagram, Threads e Tik Tok), e, pela primeira vez, equipes do ministério percorrerão o Brasil inteiro para ajustar estratégia de vacinação com gestores e lideranças locais. Segundo a Saúde, mais de R$ 150 milhões serão investidos.

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Por volta de 2017, a taxa de cobertura de todas as vacinas obrigatórias para crianças, como aquelas contra sarampo e poliomielite, começaram a cair. Conforme noticiou o Estadão no ano passado, levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) destacou a queda das taxas em 2021. Grande parte dos índices não está acima de 70% – patamar distante das metas, na faixa de 90%. Os dados representam um retrocesso que coloca o Brasil em cenário similar ao da década de 1980.

Em nota, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou que devido à queda das coberturas vacinais nos últimos anos, temos o “risco de reintrodução de doenças que estavam eliminadas no Brasil”. “Precisamos proteger as nossas crianças e os nossos adolescentes. O direito à vacina é o direito à proteção, é o direito à vida que não pode ser negado.”

Criança é vacinada em posto de saúde na região de Pinheiros, em São Paulo Foto: Cibele Barreto/Estadão

No primeiro semestre deste ano, o governo federal antecipou a multivacinação no Amazonas, no Acre e no Amapá. “A escolha dos estados buscou conter doenças já eliminadas no Brasil, diante da queda das coberturas vacinais registrada nos últimos anos. O alerta se deu, ainda, pelo risco de reintrodução da poliomielite, doença que foi notificada em março deste ano no Peru, em região de fronteira”, informou a pasta, em nota.

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