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Após ter covid-19, Sonia Abrão é internada com pneumonia bacteriana; entenda a doença

Apresentadora está afastada da TV desde o dia 16; sintomas da doença incluem tosse, febre e dor no tórax

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Afastada há mais de dez dias do A Tarde é Sua, programa que comanda desde 2006 na RedeTV!, a apresentadora Sonia Abrão compartilhou com seus seguidores no Instagram que está internada para tratar um quadro de pneumonia bacteriana. A internação acontece uma semana depois de ela ter testado positivo para a covid-19.

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“Meu pneumologista acredita que contraí a bactéria juntamente com a covid. Como fui medicada com antibióticos na covid, a pneumonia não se desenvolveu. Como zerei a Covid em 1 semana, a medicação foi suspensa e aí a pneumonia teve terreno livre pra atacar”, explicou. Entre os sintomas, ela relata a perda da voz e uma tosse “fortíssima”.

Embora seja possível realizar o tratamento em casa, a apresentadora conta que deu entrada no hospital no sábado, 27, para monitorar possíveis crises de arritmia causadas por corticoides, um dos medicamentos prescritos pelo médico. Ela também aconselhou os seguidores a cuidarem da saúde em meio ao inverno: “Não esqueçam que ainda estamos na temporada de vírus e bactérias que provocam doenças respiratórias, que vão além da covid. E a pneumonia bacteriana é a bola da vez!!! Máscara ainda é nossa maior proteção!”, escreveu.

Segundo Carlos de Carvalho, diretor da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor HCFMUSP), apesar dessa infecção não ser transmitida ou contraída pelas vias aéreas, ao contrário de gripes, resfriados e a própria covid-19, cuidados semelhantes aos de prevenção dessas doenças podem ser efetivos para prevenir esse tipo de pneumonia.

A apresentadora Sonia Abrão está tratando uma pneumonia bacteriana. Foto: Reprodução/Instagram@soniaabrao

Isso porque muitos quadros da inflamação pulmonar aparecem como uma complicação após uma infecção viral, como no caso de Sonia Abrão. Com o sistema imunológico já comprometido pelo combate ao vírus, é mais fácil para que bactérias antes inofensivas, como as que vivem na boca e na garganta, desçam para os alvéolos e causem problemas. Carlos de Carvalho explica que o mesmo pode ocorrer em outras partes do corpo, como a faringe, laringe e os seios nasais, desencadeando faringite, laringite e sinusite.

Além do uso de máscaras como uma barreira protetora contra agentes infecciosos como os vírus e da higienização frequente das mãos, o pneumologista recomenda hábitos que podem ajudar a manter os pulmões e o sistema imune mais preparados para reagir em caso de infecção. Alguns exemplos são praticar atividade física de forma regular, ficar longe dos cigarros e evitar ambientes muito poluídos com fumaça ou poeira.

Pneumonia bacteriana

Recebem o nome de pneumonia as inflamações que atingem os alvéolos, estruturas dos pulmões onde ocorre a trocas gasosas da respiração. Podem ser causadas por diversos agentes, como vírus, bactérias e fungos, sendo a bacteriana a mais comum entre elas. “O sistema de defesa do organismo para combater poeiras e agentes infecciosos é extremamente eficaz; ao longo de dezenas de anos que vivemos, é raro termos uma pneumonia. Mas existem vários fatores que propiciam o seu aparecimento. É muito comum, por exemplo, que estejam associadas ou apareçam na sequência de uma inflamação viral”, explica Carlos de Carvalho.

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Saiba quais são os principais sintomas da pneumonia bacteriana

- Tosse;

- Dor torácica, que ocorre quando a inflamação se estende e atinge a pleura, membrana que reveste os alvéolos;

- Expectoração e presença de pus (catarro) amarelado, acinzentado ou esverdeado, que indica a existência de bactérias e glóbulos brancos mortos;

- Febre acima de 37,5 ºC que persiste por um dia ou mais.

O tratamento

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O tratamento da doença consiste principalmente no uso de antibióticos de amplo espectro, que atuam sobre diversos tipos de bactérias, e dura, em geral, de uma semana a dez dias. “Na maior parte das vezes, você pode tratar a pneumonia bacteriana com antibióticos orais em ambiente domiciliar. Agora, quando a infecção é muito extensa ou quando o indivíduo apresenta algum grau de imunossupressão, caso de pacientes idosos, crianças, com diabetes ou com câncer, por exemplo, é necessário internar e usar antibióticos mais potentes, administrados por via intravenosa”, afirma o médico.

Dependendo da avaliação médica de cada caso, também podem ser empregadas técnicas de inalação e fisioterapia respiratória para ajudar na expectoração, e administrados medicamentos anti-inflamatórios e corticoides, em quadros com resposta inflamatória grande.

Apesar do tratamento costumar ser rápido, o pneumologista faz um alerta: “A pneumonia ainda é uma causa de morte muito frequente na população, então não devemos negligenciar. Se o indivíduo tem uma febre que começa a durar mais que um ou dois dias, principalmente depois de uma infecção por um vírus; tosse e presença de catarro, é melhor procurar atendimento médico de forma precoce, o que aumenta as chances de resolver esse problema”, conclui.

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