Para a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) a decisão do Ministério da Educação (MEC) de adiar o Enem e fazer uma consulta sobre a data foi feita por "capricho". Isso porque a Câmara se preparava para votar um projeto sobre o assunto, que o Senado já havia aprovado na noite anterior. Além disso, secretários de educação, universidades e alunos pediam o adiamento há semanas. "Que bom que pressão funcionou, foi uma vitória dos estudantes, mas com uma resposta medíocre do MEC."
Para ela, em vez de fazer enquete, o MEC precisa liderar e coordenar o esforço de educação não presencial no País nesse momento de pandemia para que os alunos mais pobres não sejam prejudicados. "Só vamos saber a data certa na hora que o MEC conversar com as redes, com reitores, e juntos definirem um calendário, considerando a organização durante e pós pandemia", completa.
O deputado federal Idilvan Alencar (PDT-CE) – que acionado o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a manutenção da data da prova – afirma que a comunicação do adiamento por meio de uma nota enviada pelo Inep ainda não traz segurança necessária aos estudantes. Para ele, a data da prova tem de estar atrelada ao calendário escolar deste ano e à retomada das aulas. “Vou continuar trabalhando para que o Congresso vote” o adiamento da data, disse. “Ao menos, o adiamento mostra agora que o Ministério da Educação não pode tudo”, disse.
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