Estudos científicos, aparatos tecnológicos, novos tratamentos e diagnósticos, engenharia genética e inteligência artificial. São muitos os desafios que circundam a carreira de quem escolhe a medicina como profissão – no Brasil, mais de 26 mil médicos se formaram em 2022, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM).
O salário é um dos principais atrativos, claro. A estimativa é de que jovens médicos possam faturar, em média, R$ 30 mil por mês, mas, para isso, é preciso estudo e dedicação. Segundo Silvio Pessanha Neto, CEO do IDOMED (Instituto de Educação Médica) e vice-presidente da YDUQS, o profissional precisa se acostumar com o volume de informações que recebe diariamente. “Um dos principais atributos do médico do futuro é a capacidade de ter um olhar 360°. O grande desafio é justamente lidar com toda essa evolução, mantendo o lado humano da profissão, como o foco na relação médico-paciente”, diz.
A área da medicina é de grande empregabilidade, principalmente em regiões do interior do País, já que boa parte dos estudantes e recém-formados opta por trabalhar nas grandes capitais e regiões metropolitanas. “O impacto da presença do médico nas regiões afastadas e carentes é enorme. Cada região do País possui suas especificidades, com patologias e doenças mais prevalentes. A presença do médico bem formado é fundamental para que essas comunidades tenham uma saúde de qualidade”, pontua Pessanha.
Ele reforça que o Sistema Único de Saúde (SUS) dá direito de tratamento e medicamentos a todos, mas que só a estrutura não basta. É preciso ter um profissional qualificado para atender a população. “O impacto é grande quando escolas de medicina e médicos resolvem atuar e, eventualmente, se fixar em locais onde existe uma precariedade de serviços de saúde. Estudos recentes da USP evidenciam que mais de 70% dos alunos que se formam em faculdades do interior acabam registrando seu CRM e atuando em cidades do interior do País, contra aproximadamente 20% dos que se formam em capitais e regiões metropolitanas.”
É o caso do IDOMED, que oferece vagas em várias regiões do País, e cria oportunidades de qualidade também em locais afastados dos grandes centros. Hoje o grupo, com 25 anos de existência, reúne 17 escolas médicas e disponibiliza programas de graduação, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, de aperfeiçoamento e residência médica credenciadas pelo MEC. São aproximadamente 1.600 vagas para ingressantes de medicina por ano. No vestibular, o candidato paga uma taxa única, faz uma única prova e tem chance de ingressar em uma das 17 unidades do IDOMED. O aluno escolhe em qual município e Estado deseja se matricular a partir de sua posição no ranking de classificados.
“Utilizamos metodologias ativas de ensino em que o estudante é o protagonista do seu processo de aprendizagem. Desde a primeira semana de aula, ele vai à Unidade Básica de Saúde (UBS) para entender como funciona o SUS”, comenta Pessanha. Já no primeiro ano, também os estudantes têm contato com aparatos de realidade virtual e robôs para simulação de atendimento médico. O IDOMED aposta alto em tecnologia e oferece aos alunos outras ferramentas, como um laboratório virtual de simulação clínica, no formato “metaverso”, e mesas de dissecação em 3D.
Foco também no futuro do profissional
“Criamos também o IDOMED Carreiras”, diz o CEO. O objetivo é fazer com que o estudante pense estrategicamente sua carreira, consolidando uma visão empreendedora e desenvolvendo suas habilidades comportamentais e atitudinais. “Precisamos ouvir cada aluno e saber qual é a sua expectativa. Temos investido muito nesse pilar para formar médicos felizes e realizados com a escolha da sua profissão e especialidade médica.”
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