Os tomates percorreram um longo caminho desde o século 16, quando alguns europeus os chamavam de “maçãs venenosas” porque acreditavam erroneamente que eram tóxicos. Agora, eles são o segundo vegetal mais consumido nos Estados Unidos (atrás apenas das batatas) e reconhecidos por uma gama de benefícios à saúde.
Veja o que os especialistas em nutrição dizem sobre os tomates.
Eles hidratam
Os tomates são compostos por 95% de água. Uma xícara desses vegetais crus picados tem quase 170 mililitros, tornando-os ainda mais hidratantes que a melancia.
As versões frescas e cruas têm o maior teor de água, diz John Erdman, um professor emérito de nutrição e ciência de alimentos na Universidade de Illinois Urbana-Champaign. Quando o alimento é cozido, tende a perder um pouco desse volume.
Seu licopeno pode ajudar a proteger contra o câncer
Tomates têm uma dose generosa do antioxidante licopeno, sejam eles crus, cozidos ou desidratados. Tomates e produtos à base de tomate (catchup, molho de espaguete e suco) fornecem mais de 80% do licopeno na dieta dos EUA, observa Erdman.
Antioxidantes como o licopeno podem ajudar a combater o estresse oxidativo em nosso corpo, comenta. Com o tempo, esse estresse pode causar inflamação crônica, o que, por sua vez, pode aumentar o risco para muitos tipos de cânceres.
Os cientistas não confirmaram definitivamente que comer alimentos ricos em licopeno — ou qualquer antioxidante, nesse caso — pode diretamente prevenir o câncer, pondera Rachel Kopec, uma professora associada de nutrição humana na Universidade Estadual de Ohio. Mas estudos em humanos e animais — alguns usando tomates, outros utilizando outras fontes de licopeno, como suplementos — sugeriram ligações entre altos níveis de licopeno e menor risco de tumores de próstata e pulmão, entre outros.
Alguns estudos também sugeriram que o licopeno poderia ajudar a prevenir problemas cardíacos, doenças do fígado e outras condições crônicas de saúde. Mas os pesquisadores ainda não provaram causa e efeito aqui, informa Kopec.
Quanto mais vermelho o tomate, maior o nível de licopeno, conta Erdman. Tomates laranjas e amarelos têm um tipo diferente de licopeno que presumivelmente tem benefícios semelhantes à saúde, mas os pesquisadores não estudaram o suficiente para saber com certeza. Já tomates verdes não contêm licopeno.
Tomates cozidos contêm mais licopeno do que os crus, acrescenta Alice H. Lichtenstein, professora de ciência da nutrição e política na Universidade de Tufts. Isso porque tomates cozidos se tornam mais concentrados quando perdem um pouco de água. Uma xícara de tomates cozidos tem cerca de 7.300 microgramas de licopeno, contra cerca de 4.600 em tomates crus.
Além disso, segundo Lichtenstein, o calor envolvido no cozimento dos tomates quebra suas paredes celulares, tornando o licopeno mais acessível. E porque essa substância é solúvel em gordura, comer tomates junto com um pouco de gordura saudável pode ajudar seu corpo a absorvê-la, orienta Kopec. Ela recomenda regar os tomates com azeite de oliva ou combiná-los com abacate.
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Eles são abundantes em vitaminas e minerais
Tomates são uma boa fonte de potássio, conta Pinkin Panchal, dietista e professora assistente de ensino de ciências nutricionais na Universidade de Rutgers. Um tomate grande e cru tem 431 miligramas de potássio, quase tanto quanto uma banana de tamanho médio.
Panchal também observa que tomates têm quantidades consideráveis de folato, uma vitamina que ajuda suas células a se dividirem (a substância é especialmente importante durante a gravidez) e vitamina K, que ajuda na coagulação do sangue e na saúde dos ossos.
Como aproveitá-los
Tomates frescos são mais nutritivos quando são colhidos no pico de maturidade, então comprá-los localmente e na estação é o melhor, sugere Panchal.
Todos os especialistas dizem que, embora não seja necessário optar pelos orgânicos, enxaguar os tomates crus antes de comê-los pode ajudar a remover qualquer pesticida residual ou resíduo.
Panchal conta que gosta de enxaguá-los com uma tampinha de vinagre branco destilado misturado com água. O vinagre pode remover mais resíduos do que apenas água, explica.
Este artigo foi publicado originalmente no The New York Times.
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