Ainda não vista como uma doença por muitas pessoas, a obesidade é considerada um problema de saúde global. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 96 milhões de brasileiros são obesos ou convivem com sobrepeso. E em um futuro muito próximo, em 2030, 30% da população mundial será obesa, de acordo com a World Obesity Foundation. Para além de uma questão estética, a obesidade pode gerar sérios problemas de saúde, como diabetes, síndrome metabólica, hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer.
Foi com um olhar atento e cuidadoso para a questão que o Hospital Moriah criou o Instituto de Obesidade e Diabetes, reunindo uma equipe multidisciplinar qualificada que conta com cirurgiões do aparelho digestivo, endocrinologistas, radiologistas, endoscopistas, cirurgiões plásticos, nutricionistas, psicólogos e psiquiatras focados em levar saúde, bem-estar e qualidade de vida a quem tem obesidade e diabetes. O Moriah oferece uma ampla gama de tratamentos, que vão desde os cuidados essenciais com a saúde, não só do corpo, mas também da mente, até os procedimentos de ponta, com cirurgias que utilizam técnicas modernas e pouco invasivas.
“A manutenção do peso perdido é difícil; basta observarmos os números do passado, quando o tratamento da obesidade era feito apenas de forma clínica, com dieta e medicações: os pacientes que logo interrompiam as medicações voltavam a reganhar o peso, convivendo com o chamado efeito ‘sanfona’”, afirma Flávio Kawamoto, coordenador do Instituto de Obesidade e Diabetes do Hospital Moriah. “A obesidade é uma doença crônica e, se não mantivermos tratamento contínuo com acompanhamento regular, as chances de controlarmos o peso e doenças associadas diminuem”, complementa.
A cirurgia é recomendada de acordo com o histórico do paciente – e é uma entre as alternativas no tratamento da obesidade. O Moriah dispõe de uma plataforma robótica chamada Da Vinci Xi, uma das mais avançadas no País, o que garante uma cirurgia mais precisa e consequentemente segura, reduzindo o tempo de internação e também possíveis dores decorrentes do pós-operatório.
“O Moriah conta com as melhores tecnologias para a realização de cirurgias minimamente invasivas do aparelho digestório com a videolaparoscopia e robótica”, diz Kawamoto. “Dentre as técnicas realizadas mais comumente estão: gastrectomia vertical (sleeve), na qual se faz uma redução da câmara gástrica – com a nova forma o estômago fica com um volume de aproximadamente 150-200 ml; bypass gástrico, no qual se realiza uma redução do estômago (volume de aproximadamente 50 ml) com um desvio intestinal, indicado principalmente em casos de doença metabólica associada ou não com IMC elevado; bipartição intestinal, técnica que consiste em redução do estômago como na gastrectomia vertical associada a um desvio intestinal distal, principal indicação da cirurgia para obesidade com doença metabólica (diabetes tipo 2)”, explica o médico.
O Moriah também tem um olhar cuidadoso para a questão do diabetes, que já atinge 9% da população brasileira, o que coloca o País em quarto lugar no ranking mundial de casos totais. O diabetes pode ser desencadeado pela obesidade e o não tratamento correto pode levar a sérias consequências, como falência renal, perda de visão e até amputação de membros. Como uma doença crônica, precisa de um tratamento contínuo, multidisciplinar e cuidadoso, que é oferecido pelo Instituto de Obesidade e Diabetes do Hospital Moriah.
Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) para reforçar a importância da conscientização sobre a doença. E foi neste mês que o Moriah fez a primeira cirurgia metabólica para um paciente com diabetes tipo 2.
“É uma libertação. Você tem uma libertação por meio dessa ajuda cirúrgica. O paciente deixa de tomar vários remédios, de todo dia levar uma picadinha, que é a insulina”, explica a médica Ana Olga Nagano Gomes Fernandes, diretora do Instituto de Obesidade e Diabetes do Hospital Moriah. “É isso que nos dá vontade de continuar trabalhando, de querer fazer mais e mais, de mostrar o que é possível fazer e acolher esse paciente de uma forma segura e eficaz, tratando a causa do problema”, diz. “O Instituto de Obesidade e Diabetes do Hospital Moriah foi criado no ano passado, em novembro. Fazemos agora um ano e queremos que ele cresça mais”, celebra.
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