Vacinação contra a dengue em SP começará pelas escolas, diz Prefeitura; veja público-alvo

Capital paulista receberá doses enviadas pelo Ministério da Saúde. Regiões de maior incidência devem ter prioridade

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A Prefeitura de São Paulo informou nesta sexta-feira, 29, que começará a imunizar alunos da rede municipal de ensino contra a dengue em ações nas escolas da capital. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o inicio da vacinação depende da chegada das doses prometidas pelo Ministério da Saúde, que já estão negociadas, mas ainda não tem previsão oficial de entrega.

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Apesar da baixa taxa de adesão ao imunizante e os pedidos já apresentados por outros Estados para ampliação do púbico-alvo da vacina, por enquanto a Prefeitura pretende manter a faixa etária inicial determinada pelo ministério: crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

“A gente vai aplicar nas escolas por conta do público-alvo, e nas regiões de maior incidência. Itaquera, por exemplo, é uma região de alta incidência, vai ser uma das regiões onde terão as escolas sendo atendidas com as vacinas para as crianças”, informou o prefeito em nota.

Agentes de saúde realizam visitas em domicílios de bairro da zona norte de São Paulo. Cidade está em situação emergência  Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 7/3/2024

Segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde, desde janeiro foram investidos mais de R$ 240 milhões em diversas ações de combate a doença em toda a cidade, como aumento de 2 mil para 12 mil agentes de saúde, uso de drones para aplicação de larvicidas em locais de difícil acesso e ampliação do horário de funcionamento das Assistência Médica Ambulatorial (AMAs). A cidade de São Paulo decretou estado de emergência em 18 de março.

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  • Na capital, até o dia 20 de março, foram registrados 67.168 casos de dengue, com 19 mortes pela doença confirmadas.
  • O Estado de São Paulo já registra 146 mortes em decorrência da dengue foram confirmadas no período, com mais de 800 mil casos da doença foram notificados e 345 mil foram confirmados.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a expansão da distribuição da vacina contra a dengue para 165 novos municípios brasileiros. Até então, 521 localidades haviam sido selecionadas para receber as doses e iniciar a imunização na rede pública, entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A cidade de São Paulo passou a figurar entre as contempladas.

  • Segundo comunicado do Ministério, a ampliação será feita a partir de uma nova remessa de doses, sendo esta a primeira adquirida pelo MS, uma vez que a remessa anterior foi uma doação da fabricante, a farmacêutica Takeda.
  • No total, serão distribuídas 930 mil doses, contemplando os 521 municípios anteriormente selecionados, além dos 165 recentemente incorporados ao programa.

Conforme as diretrizes estabelecidas pelo órgão, os novos municípios selecionados foram contemplados seguindo os mesmos critérios aplicados na distribuição dos primeiros lotes: regiões de Saúde com municípios de grande porte e alta incidência de transmissão nos últimos dez anos, que possuem uma população residente igual ou superior a 100 mil habitantes, levando também em consideração as elevadas taxas de transmissão recentes.

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Produção nacional de vacinas avança

Em entrevista à Rádio Eldorado na quinta-feira, 28, o secretário da estadual de saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, afirmou que o Instituto Butantan poderá alcançar uma capacidade inicial de produção de 10 milhões de doses de sua vacina da dengue, produto que está em fase final de testes e cuja expectativa é que esteja disponível no mercado a partir do ano que vem.

A farmacêutica japonesa Takeda, atualmente única fabricante do imunizante, disponibilizou cerca de 6 milhões de doses para todo o País, o que limitou o número de imunizados a 3 milhões de pessoas. Por isso, a pasta federal restringiu a vacinação a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de algumas centenas de municípios brasileiros em situação epidemiológica mais preocupante.

Com as eventuais 10 milhões de doses inicialmente previstas pelo Butantan, a campanha provavelmente continuaria restrita a uma faixa etária muito específica, mas com a vantagem de ser dose única e ter produção nacional, o que reduziria o custo. O esquema vacinal do imunizante da farmacêutica asiática é feito em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. /COLABOROU VICTÓRIA RIBEIRO

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